EUA pedem a americanos que evitem regiões do DF por 'questões de segurança'
Documento recomenda que turistas e funcionários do governo evitem visitas noturnas às regiões de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá. GDF rebate inclusão na lista e afirma que moradores convivem em situação de 'absoluta normalidade.
Escolta armada protege ônibus no Sol Nascente, em Ceilândia, no DF (Foto: Reprodução/TV Globo)
Um documento do Departamento de Estado norte-americano incluiu quatro regiões do Distrito Federal na lista de cidades em que turistas e funcionários do governo dos Estados Unidos (EUA) não são recomendados a visitar no Brasil.
Entre os locais citados estão as regiões de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá. A recomendação inclui, ainda, o alerta para "bairros de favela" em cidades brasileiras como Rio de Janeiro e Recife.
Por meio de nota divulgada nesta quinta-feira (11), o governo de Brasília rebateu a inclusão das regiões do DF na lista de alerta. No texto, o GDF diz "rechaçar" essa colocação do Departamento de Estado dos Estados Unidos. "A realidade da segurança das quatro cidades citadas não pode ser comparada com outras localidades violentas no Brasil e no exterior".
"Nelas [regiões] vivem cerca de 600 mil habitantes, que trabalham, que estudam e convivem numa situação de absoluta normalidade."
Entre os locais a serem evitados - por questões de segurança -, o governo dos Estados Unidos cita, ainda, como alerta de "áreas perigosas", a estação Rodoviária Central de Brasília, especialmente no perído entre as 18h e 6h da manhã. Além dos "distritos de luz vermelha" de São Paulo, localizados na Rua Augusta e na Avenida Paulista.
Trecho do documento do Departamento de Estado dos EUA (Foto: Travel State Gov/Reprodução)
A justificativa para as recomendações, de acordo com o documento, seria a "alta taxa de criminalidade" na maioria dos centros urbanos brasileiros, principalmente em transportes públicos, setores hoteleiros e áreas turísticas. "Esses incidentes podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento", diz o governo americano.
Em contraposição ao texto, o Buriti afirmou que nas regiões citadas, ocorrem crimes "como em qualquer cidade no mundo", mas tudo dentro da "normalidade".
O G1 tenta contato com a embaixada dos EUA no Brasil para comentar os motivos para inclusão das cidades na lista de alerta.
Segurança pública
A recomendação foi divulgada na mesma semana em que o GDF anunciou a redução nas taxas de homicídios no Distrito Federal. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, houve 498 mortes violentas no DF em 2017 – o menor número absoluto dos últimos 15 anos.
Em termos relativos, os números representam 16,3 ocorrências por cada grupo de 100 mil habitantes. De acordo com o secretário Edval Novaes, é a menor taxa dos últimos 29 anos.
“Os dados foram extremamente satisfatórios. [...] E isso é extremamente positivo para população do DF, o que faz com que a sensação de segurança seja cada mais resgatada.”
Seguindo a mesma tendência, na classificação de "crimes contra o patrimônio" também houve uma redução (5,6%) em 2017. O número de roubos a comércio é o tipo de crime que teve a maior queda no DF, de 23%. Foram 2,1 mil ocorrências no ano passado, contra 2,7 mil em 2016.
Já a modalidade de furto a veículo foi a que apresentou a menor redução (1,1%) em 2017: foram 12,7 mil registros desse tipo em 2016 e 12,6 mil no ano passado. Seguida por roubo a pedestre (3,8%), que registrou 36,7 mil ocorrências no ano passado, contra 38,2 mil de janeiro a dezembro do ano anterior.
Roubos a veículo e a transporte coletivo caíram 14,3%. As ocorrências pularam de 5,6 mil e 3,1 mil , respectivamente, em 2016, para 4,8 mil e 2,5 mil no ano passado.
g1
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