Economia cresceu 0,49% em novembro, aponta prévia do PIB do BC
Indicador supera previsões, mas mostra recuperação ainda lenta

Banco Central do Brasil - Ailton de Freitas / Agência O Globo
BRASÍLIA - A economia brasileira cresceu 0,49% em novembro nos cálculos do Banco Central. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira e vieram levemente melhor que a estimativa. A previsão dos analistas era de alta de 0,44% no Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br). O desempenho consolida a retomada da atividade econômica, porém de forma ainda lenta.
No acumulado nos últimos 12 meses, a expansão da atividade foi de 0,73%. O número representa um grande ganho de tração da economia.Segundo o Bradesco, o avanço corrobora "nossa expectativa de retomada gradual da atividade econômica, com crescimento do PIB no quarto trimestre". Para 2018, o banco espera aceleração ao longo do ano, com expansão de 2,8% do PIB.Os primeiros sinais já conhecidos da atividade econômica em dezembro também mostram uma recuperação. A expedição de papel e papelão cresceu 0,2%. E o tráfego de veículos pesados nas rodovias avançou 2,5%.
'SEQUÊNCIA SÓLIDA DE ALTAS'
O economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, apontou que o resultado de novembro confirma "uma sequência sólida de altas". Na sua avaliação, o atual ciclo de recuperação deve se firmar apoiado em inflação baixa - que garante ganhos reais nos salários-, condições gradualmente menos exigentes e restritas nas condições de crédito, uma gradual alta no investimento privado - após três anos de queda - e aumento da confiança dos empresários e dos consumidores e uma criação incipiente de empregos formais.Em relatório, Ramos ressaltou que sinais mais tangíveis de progresso em direção à consolidação fiscal (tanto a nível federal quanto estadual) permanecem essenciais para "ancorar" o sentimento do mercado e permitir mais melhoras na confiança.
DIFERENÇAS NA METODOLOGIA
Tanto o IBC-Br quanto o PIB são indicadores que medem a atividade econômica, mas têm diferenças na metodologia. O IBC-Br foi criado pelo Banco Central para ser uma referência do comportamento da atividade econômica que sirva para orientar a política de controle da inflação pelo Comitê de Política Monetária (Copom), uma vez que o dado oficial do PIB é divulgado pelo IBGE com defasagem em torno de três meses.O indicador do BC leva em conta trajetória de variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (indústria, agropecuária e serviços).Já o PIB é calculado pelo IBGE a partir da soma dos bens e serviços produzidos na economia. Pelo lado da produção, considera-se a agropecuária, a indústria, os serviços, além dos impostos. Já pelo lado da demanda, são computados dados do consumo das famílias, consumo do governo e investimentos, além de exportações e importações.
FONTE: O GLOBO
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