Tenente-coronel suspeito de agredir ex-mulher no DF é exonerado
A defesa do tenente-coronel, Cláudio Lúcio de Araújo Góes, disse que uma primeira denúncia de agressão foi arquivada por ser falsa, assim como os novos relatos. Segundo o advogado do tenente-coronel, a ex-mulher retirou objetos da empresa que os dois tinham juntos, e da qual ela não é mais sócia.
Militar era chefe de gabinete do comandante-geral do Corpo de Bombeiros. Ele e a ex foram casados por 18 anos e têm três filhos; defesa nega crime.
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O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Cláudio Lúcio de Araújo Góes foi exonerado pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. O militar é suspeito de ter agredido a ex-mulher. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial do DF nesta sexta-feira (26).
Góes ocupava desde abril de 2016 a função de chefe de gabinete do comandante-geral da corporação. Ele e a ex foram casados por 18 anos e têm três filhos. Segundo ela, as agressões começaram em 2016, quando ainda eram casados.
Segundo a denúncia da vítima, o caso ocorreu no último domingo (21), em Águas Claras, um dia após o fim do prazo de uma medida protetiva que o impedia de se aproximar dela.
“Ele me pegou pelo braço e pelas costas e me jogou. Quando ele me jogou, eu caí e rolei pela calçada na frente do estabelecimento. E aí me gerou as lesões no cotovelo, no braço, no outro braço, um hematoma”, disse a vítima em entrevista à TV Globo.
“Estou denunciando ele hoje pela primeira vez porque já não aguento mais as ameaças.”
Defesa
O Comando-Geral do Corpo de Bombeiros disse que aguarda informações da Corregedoria para esclarecer os fatos e tomar as medidas necessárias. Também declarou que vai garantir direito à ampla defesa do tenente-coronel. Na terça-feira (23), o militar havia sido afastado pela corporação.
Estatísticas
Todos os dias, no DF, 40 casos de violência doméstica são registrados em delegacias. Segundo a chefe da Delegacia de Atendimento à Mulher, Sandra Melo, os números são ainda maiores: a estimativa é de que 40% dos casos não sejam denunciados, ou por medo ou vergonha. Por isso, frisa que é importante denunciar sempre: seja a primeira ou a décima vez.
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Em todo 2017, foram reportados 14.720 casos – um aumento de 10,5% em comparação com 2016. Para a delegada, a violência normalmente se repete, e a maioria dos agressores têm entre 25 e 40 anos, personalidade dominadora e com dependência de álcool ou drogas.
FONTE: G1 DF
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