Amigos de Carpegiani, ídolos do Fla aprovam volta: "Chega no auge", diz Junior
Adílio e Júlio César Uri Geller acham técnico campeão da Libertadores e do Mundial de 1981 o ideal para assumir equipe rubro-negra neste momento
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Campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes em 1981, técnico Carpegiani está de volta ao Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Craque rubro-negro como jogador - foi tricampeão carioca em 1989-79-79 e brasileiro em 1980 vestindo a camisa 6 como volante), Paulo César Carpegiani está de volta ao Flamengo como treinador pela terceira vez. Na primeira, quando assumiu em 1981 após ter abandonado os campos devido à série de lesões, conduziu o time a quatro títulos consecutivos, três importantíssimos (Carioca, Libertadores e Mundial de Clubes, em 1981, e Brasileiro, em 1982). Na segunda vez, em 2001, não foi bem-sucedido. Agora chega para substituir Reinaldo Rueda com aval dos comandados que com ele deram ao clube a fase mais vitoriosa de sua história.
- Desta vez eu acho que ele chega no auge. Não somente pela questão da idade, pelos trabalhos que já foram feitos. O último trabalho no Bahia a gente tem que dizer que foi acima da expectativa pelo momento, por tudo aquilo que o Bahia estava vivendo. E ele pegou e conseguiu dar um conceito de jogo que terminou o Bahia, na verdade, fugindo até com certa tranquilidade da questão do rebaixamento - disse Junior, comentarista da TV Globo, ex-lateral e meia.
Na época conhecido como Capacete pelo cabelo black power que usava, Junior era um dos craques daquele time recheado de astros, como Zico, Leandro, Andrade, Adílio... Conhece Carpegiani como poucos, a ponto de bater o martelo de que o novo treinador rubro-negro jamais cometeria um erro, segundo ele, ocorrido sob o comando do recém-saído Reinaldo Rueda.
- Vou te dar um exemplo. Flamengo x Cruzeiro, Copa do Brasil, zero a zero, 27 minutos do segundo tempo, ele (Rueda) tirou o Berrío e colocou um lateral. Quer dizer: esse não é o perfil do treinador do Flamengo. Você colocar um lateral aos 27 minutos do segundo tempo para não tentar ganhar o jogo... Eu acho que com o Paulo (Carpegiani) isso não vai acontecer. Pelo contrário. Está arriscado até ele colocar três atacantes para tentar ganhar o jogo. Porque ele conhece, sabe como as coisas funcionam.
Outro ídolo eterno da torcida, Adílio, que dividia o meio-campo com Carpegiani e depois foi um dos seus comandados, é outro confiante no bom retorno do velho amigo pelo fato de ele saber como poucos o estilo exigido pela torcida rubro-negra.
- O único treinador que daria certo hoje no Flamengo é o Carpegiani. Pela história que ele tem, a pessoa que ele é e pelo que ele fez no ano passado, dirigindo o Bahia. Tenho certeza que o Flamengo vai ser dar muito bem porque ele é uma pessoa que sabe conduzir um time à vitória. Só pensa em fazer o time atacar o tempo todo. E o Flamengo sempre foi assim. A característica do Flamengo é essa: buscar o resultado.
Ídolos do Fla falam sobre volta de Carpegiani: "Chega no auge", diz Junior
Júlio César, não o goleiro, mas o Uri Geller, ex-ponta-esquerda tricampeão carioca (1978-79-79-Especial) e campeão brasileiro (1980), também jogou com Carpegiani e foi por ele treinado. E acha que o conhecimento de Flamengo será essencial para o sucesso.
- Ele tem sangue rubro-negro. Conhece a cozinheira, o roupeiro. Isso para mim é fundamental.
Junior acha que Carpegiani tem tudo para fazer a equipe atual crescer não só tecnicamente mas também na parte tática.
- É um perfeccionista. É um cara que sempre procurou fazer as coisas para que pudessem sair perfeitas. É aquela história do treino. Se você treinar bem, automaticamente você vai jogar bem. E isso ele vai exigir dos jogadores, eu não tenho a menor dúvida (...). E sempre foi um cara muito sério, independente da função que ele estivesse exercendo. Sempre fez as coisas do modo mais correto possível, principalmente do modo mais profissional possível.
Adílio lembrou também a categoria de Carpegiani nos tempos de jogador.
- Era um volante que não dava carrinho, não fazia falta. Só ia na boa. Antecipava o lance. E o Andrade, que era da posição dele, aprendeu muito com ele. Só beliscava a bola, que ele fazia bastante. E fazia o jogo fluir tanto de um lado como do outro. O time agora vai aprender muito com ele.
Por SporTV.com, Rio de Janeiro
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