Bem Estar explica a relação entre os sentimentos e a saúde física e mental
Como é que você está se sentindo hoje? E como você expressa suas emoções? O Bem Estar desta terça, 12 de dezembro, mostra o Museu da Empatia, onde a proposta é se colocar no lugar do outro, calçando os sapatos de outras pessoas. O psiquiatra Dr. Fábio Martins explica que emoções e comportamentos nem sempre precisam de rótulos, principalmente na infância.
Você já pensou que em vez de definir a pessoa é melhor elogiar o esforço, o resultado? E qual a melhor forma de expressar a raiva, a tristeza? O Bem Estar fala sobre isso também e sobre o assunto delicado das automutilações.
Como as emoções afetam o coração? Nosso consultor, o cardiologista Dr. Roberto Kalil explica o novo estudo que revela que 48% das mulheres do mundo correm o risco de enfartar. E nelas, os sintomas são diferentes.
Estudo revela que 48% das mulheres do mundo correm o risco de enfartar
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De acordo com o Dr. Fábio, as emoções não têm que ser consideradas positivas ou negativas, agradáveis ou desagradáveis. Qualquer emoção pode nos ajudar a entender alguma necessidade ou algo que é muito importante pra gente. A emoção é uma forma de comunicação, ela comunica a mim e ao outro de maneira não-verbal como estou. Por isso não devemos invalidá-las. Aliás, esse é o maior erro que pais e cuidadores podem fazer com uma criança, invalidar suas emoções. Isso gera emoções secundárias e só piora a situação. É o que acontece, por exemplo, com quem pratica automutilação.
Ajudar as crianças a expressar suas emoções sem julgá-las é importante para que elas cresçam adultos com muito mais inteligência emocional. Uma criança que sente inveja pelo brinquedo do amiguinho e os pais julgam o sentimento dizendo que aquilo é feio, pode se sentir reprimida, triste e gerar outras emoções secundárias por ter sido reprimida. Ao invés de julgar, os pais devem explicar que entendem o sentimento de inveja, mas que no momento, aquela criança não pode ter aquele brinquedo, que o brinquedo X que ela tem em casa é muito legal também,e que ela pode ser feliz com outras coisas.
O mesmo vale para os adultos. Tomar consciência das emoções nos ajuda a entender o que elas querem dizer e nos direcionam para a melhor forma de lidar com aquilo. A gente costuma dizer que é errado sentir raiva, inveja, que não podemos ter medo, mas o que precisamos saber é controlar as ações que as emoções provocam.
Às vezes, a raiva é tão grande que dá vontade de bater, mas não podemos sair por aí batendo em todo mundo. Se por um lado é importante sentir e não invalidar as emoções para não gerar emoções secundárias, por outro a chamada inteligência emocional está em aprender a regular a intensidade das emoções. E a gente só aprende à medida que não negligenciamos o sentimento.
Por incrível que pareça, muita gente não sabe descrever suas próprias emoções, mesmo as básicas, como o medo, a ansiedade, o nojo, a raiva, o amor e a alegria. Às vezes o mensageiro manda uma mensagem correta, às vezes não. Quem não para pra conversar com o carteiro vai acabar recebendo uma avalanche de emoções. Precisamos prestar atenção nele, valorizar o trabalho dele, assim ele vai acertar cada vez mais o endereço e mandar as mensagens corretas, na medida certa.
Emoções justificadas e não-justificadas: Quando você entende que a emoção não é justificada, você aprende a fazer o oposto do que a emoção pede. Mas primeiro a gente ouve a emoção e começa devagar a ir para outra direção. Eu posso sentir tristeza, raiva, inveja, alegria, gratidão e cada uma dessas emoções podem estar justificadas pelos fatos ou não, pode ser um erro de interpretação.
Confira o Bem Estar na íntegra:
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