quinta-feira, 30 de novembro de 2017

BRASIL



PF faz operação para combater esquema de exploração ilegal de ouro no Amapá




Agentes cumprem mandados no Amapá (Foto: Adevaldo Cunha/Rede Amazônica)Agentes cumprem mandados no Amapá (Foto: Adevaldo Cunha/Rede Amazônica)
Agentes cumprem mandados no Amapá (Foto: Adevaldo Cunha/Rede Amazônica)
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (30) uma operação para combater uma organização criminosa e um esquema de exploração e comercialização ilegal de ouro no Amapá.
A operação levou 180 policias para as ruas com 6 mandados de prisão preventiva, 5 de prisão temporária, 8 de condução coercitiva e 30 de busca e apreensão, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Amapá. Foi determinado também o bloqueio de R$ 113 milhões.
Segundo a PF, empresários do Rio de Janeiro e de São Paulo se apoderaram de uma cooperativa de garimpeiros no distrito de Lourenço, o mais antigo do país, e usaram os trabalhadores em condições análogas à escravidão. A organização criminosa teve participação de políticos locias, de acordo com as investigações.
Políticos e empresários são alvos de mandados (Foto: Adevaldo Cunha/Rede Amazônica)Políticos e empresários são alvos de mandados (Foto: Adevaldo Cunha/Rede Amazônica)Políticos e empresários são alvos de mandados (Foto: Adevaldo Cunha/Rede Amazônica)
A PF afirmou que o grupo se aproveitou de políticas públicas para inclusão social dos garimpeiros para disfarçar a exploração clandestina da área. A organização criminosa fingia que realizava apenas pesquisa mineral e extração artesenal de pequeno porte.
As investigações também apontaram para indícios de que a extração do ouro provocou forte impacto ambiental, devido ao uso indiscriminado de substâncias tóxicas, como mércúrio e cianeto. Além disso, a polícia estima que podem tem ocorrido 24 mortes de garimpeiros, a maioria por soterramento, em razão das condições precárias de trabalho.
Os investigados devem responder, segundo a polícia, pelos seguintes crimes: redução à condição análoga a de escravo; corrupção passiva; prevaricação; usurpação de matéria prima da União; extração ilegal de substâncias minerais; lavra ou extração não autorizada; uso ilícito de mercúrio; crime contra a fauna aquática; posse de artefato explosivo; organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A operação foi chamada de Minamata, numa referência a uma cidade japonesa onde, nas décadas de 50 e 60, ao envenenamento de centenas de pessoas por mercúrio.

G1 AP

Nenhum comentário:

Postar um comentário