terça-feira, 17 de outubro de 2017

MUNDO

Juiz suspende aplicação de último decreto migratório de Trump nos EUA

Decreto entrou parcialmente em vigor em junho. Juiz diz que veto falha em demonstrar que apenas a nacionalidade transforma uma pessoa em um risco maior para a segurança dos Estados Unidos.

Foto de fevereiro de 2017 mostra encontro entre pai e filho no aeroporto de Nova York. O jovem iemenita, de 13 anos, quase foi impedido de entrar nos EUA por conta de decreto de Trump (Foto: AP Photo/Alexander F. Yuan, File)Foto de fevereiro de 2017 mostra encontro entre pai e filho no aeroporto de Nova York. O jovem iemenita, de 13 anos, quase foi impedido de entrar nos EUA por conta de decreto de Trump (Foto: AP Photo/Alexander F. Yuan, File)Foto de fevereiro de 2017 mostra encontro entre pai e filho no aeroporto de Nova York. O jovem iemenita, de 13 anos, quase foi impedido de entrar nos EUA por conta de decreto de Trump (Foto: AP Photo/Alexander F. Yuan, File)
Um juiz federal do Havaí suspendeu nesta terça-feira (17) a aplicação do último decreto anti-imigratório do presidente Donald Trump, poucas horas antes de entrar completamente em vigor.
A decisão do juiz Derrick Watson tem alcance nacional e deveria ser objeto de uma pronta apelação por parte do governo, que pretende proibir em caráter permanente a entrada em território americano de cidadãos de seis países.
Em uma decisão temporária, a Suprema Corte dos EUA permitiu que o decreto entrasse parcialmente em vigor em junho deste ano. O decreto estabelecia o veto total a imigrantes de seis países de maioria muçulmana - Síria, Sudão, Somália, Líbia, Irã e Iêmen -, o que para Trump seria uma forma de proteger o país do terrorismo. Em junho, a Suprema Corte autorizou que ele entrasse em vigor com exceção àqueles que comprovassem uma relação de boa-fé com uma pessoa ou entidade dos EUA.
"Esta é a terceira vez que o Havaí foi à corte para impedir o presidente Trump de lançar um veto que discrimina pessoas baseado em suas nações de origem ou religião", disse em uma declaração o procurador geral do Havaí, Doug Chin. "Hoje é outra vitória para o estado de direito".
Segundo a Associated Press, o estado do Havaí alega que o veto atualizado era uma continuação da campanha de Trump para banir muçulmanos, apesar de acrescentar à lista dois países que não são de maioria muçulmana (Venezuela e Coreia do Norte).
Em sua sentença, o juiz disse que o novo veto, assim como seu antecessor, falha em demonstrar que apenas a nacionalidade transforma uma pessoa em um risco maior para a segurança dos Estados Unidos.


G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário