Juiz suspende aplicação de último decreto migratório de Trump nos EUA
Decreto entrou parcialmente em vigor em junho. Juiz diz que veto falha em demonstrar que apenas a nacionalidade transforma uma pessoa em um risco maior para a segurança dos Estados Unidos.
Um juiz federal do Havaí suspendeu nesta terça-feira (17) a aplicação do último decreto anti-imigratório do presidente Donald Trump, poucas horas antes de entrar completamente em vigor.
A decisão do juiz Derrick Watson tem alcance nacional e deveria ser objeto de uma pronta apelação por parte do governo, que pretende proibir em caráter permanente a entrada em território americano de cidadãos de seis países.
Em uma decisão temporária, a Suprema Corte dos EUA permitiu que o decreto entrasse parcialmente em vigor em junho deste ano. O decreto estabelecia o veto total a imigrantes de seis países de maioria muçulmana - Síria, Sudão, Somália, Líbia, Irã e Iêmen -, o que para Trump seria uma forma de proteger o país do terrorismo. Em junho, a Suprema Corte autorizou que ele entrasse em vigor com exceção àqueles que comprovassem uma relação de boa-fé com uma pessoa ou entidade dos EUA.
"Esta é a terceira vez que o Havaí foi à corte para impedir o presidente Trump de lançar um veto que discrimina pessoas baseado em suas nações de origem ou religião", disse em uma declaração o procurador geral do Havaí, Doug Chin. "Hoje é outra vitória para o estado de direito".
Segundo a Associated Press, o estado do Havaí alega que o veto atualizado era uma continuação da campanha de Trump para banir muçulmanos, apesar de acrescentar à lista dois países que não são de maioria muçulmana (Venezuela e Coreia do Norte).
Em sua sentença, o juiz disse que o novo veto, assim como seu antecessor, falha em demonstrar que apenas a nacionalidade transforma uma pessoa em um risco maior para a segurança dos Estados Unidos.
G1
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