Guarda Civil espanhola acusa chefe da polícia catalã de inação em referendo
- 09/10/2017 22h46
- Madri
Da EFE*
A Guarda Civil da Espanha acusou formalmente o chefe da polícia regional da Catalunha (Mossos d'Esquadra), Josep Lluís Trapero, de inação no referendo separatista de 1º de outubro e de, dessa forma, seguir um plano premeditado "em conexão direta" com o governo catalão. As informações são da EFE.
A acusação consta no relatório que a Guarda enviou à Audiência Nacional por ocasião de um processo aberto contra ele por suposto crime de rebelião.
A atuação dos Mossos d'Esquadra durante o referendo foi muito polêmica, já que a Justiça do país tinha determinado que a corporação fechasse os centros de votação e requisitasse urnas e cédulas.
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No entanto, os Mossos não intervieram em todos os casos, o que obrigou as autoridades espanholas a ordenar que a missão ficasse com agentes da Guarda Civil e da Polícia Nacional que foram enviados à Catalunha.
Josep Lluis Trapero compareceu, na semana passada, à Audiência Nacional como investigado por rebelião pela atuação dos Mossos durante a operação realizada pela Guarda Civil em 20 de setembro contra funcionários do alto escalão do governo catalão, que teve saldo de vários detidos e distúrbios na frente do prédio da Secretaria de Economia.
Naquela operação, viaturas da Guarda Civil foram depredadas por parte dos manifestantes que se reuniram na frente da Secretaria e obrigaram os agentes a sair de madrugada do prédio, com ajuda de policiais locais.
Trapero ficou em liberdade, mas a investigação, inicialmente sobre os acontecimentos de 20 de setembro, foi ampliada à atuação dos Mossos em 1º de outubro.
*É proibida a reprodução total ou parcial desse material. Direitos Reservados
Edição: Denise Griesinger
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