quarta-feira, 27 de setembro de 2017

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Treinamentos ajudarão no rastreamento do câncer de útero

26/09/2017 15:00h
Como parte do aperfeiçoamento da rede de assistência para o controle do câncer de colo do útero no Pará, implantada a partir de fevereiro deste ano, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) fará, nos dias 27 e 28 deste mês, dois tipos de treinamento para profissionais de saúde que são atuantes no rastreamento do câncer uterino.
A iniciativa partiu de uma ideia da secretária adjunta de Saúde Pública, Heloísa Guimarães, e ampliada em forma de ações e debates que estão sendo realizados por integrantes das coordenações estaduais de Saúde da Mulher, Atenção Oncológica e Educação Permanente em Saúde, pela Assessoria Técnica do Gabinete e pelo Núcleo de Gestão na Atenção à Mulher no Controle do Câncer de Colo do Útero e Mama (Nagam).
Os treinamentos contam com o apoio da empresa Roche, apoiadora do projeto e pioneira na área da saúde com produtos e serviços inovadores para detecção precoce, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças. “A nossa linha de investimento e pesquisa é nas áreas de oncologia e doenças raras. E como o Pará possui um dos maiores índices de morte por câncer uterino no Brasil, nos traz uma responsabilidade social de cooperar com o Estado no rastreamento para prevenir e reduzir novos casos”, explica Aline Santana de Oliveira, gerente de Acesso Público da Roche.
No dia 27, divididos em duas turmas no auditório da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e de Pesca (Sedap), 400 profissionais de Enfermagem que atuam em 14 municípios abrangidos pelos 1º e 2º Centros Regionais de Saúde estarão passando pelo treinamento denominado “Inovação C – Máfaro”, que consistirá, a princípio, num questionário que será utilizado pelos agentes de saúde da família e fará, entre outras possibilidades, com que a paciente seja acompanhada, desde o diagnóstico, passando pelo tratamento e até as possibilidades de cura.
Esse mesmo treinamento será desenvolvido no dia 28, no auditório do campus BR da Universidade da Amazônia (Unama), de 14 às 18 horas, para outros profissionais de Enfermagem indicados pelos  municípios de Ananindeua (80 vagas), Benevides (40), Marituba (40) e Santa Bárbara (40). Também no dia 28, só que na Associação Comercial de Indústria Izabelense, em Santa Izabel, o “Inovação C – Máfaro” será ministrado  para profissionais de saúde de Acará, Bujaru, Colares, Concórdia do Pará, Santa Izabel, São Caetano de Odivelas, Santo Antonio do Tauá, Tomé Açu e Vigia.
Outra linha de treinamento desenvolvido entre a comissão da Sespa e a Roche será o “Siga-me”, que consistirá na capacitação de técnicos de Enfermagem que estarão alimentando sistema de dados com mensagens que serão enviadas as usuárias do SUS. Essas mensagens vão acompanhar, orientar e avisar sobre o tratamento do colo de útero.  
O treinamento para o “Siga-me” acontecerá no dia 27 de setembro na Escola Técnica do SUS, em Belém, de 8 às 12 horas e de 14 às 17 horas. Cinquenta e cinco técnicos serão capacitados, oriundos de Belém, Ananindeua, Benevides, Marituba, Santa Bárbara, Acará, Bujaru, Colares, Concórdia do Pará, Santa Izabel, São Caetano de Odivelas, Santo Antonio do Tauá, Tomé Açu e Vigia.
Dados
O câncer de colo do útero é o tumor com maior potencial de prevenção e cura quando diagnosticado em estágio inicial. Em 2013, o Hospital Ophir Loyola recebeu 488 casos novos, 547 em 2014 e 564 em 2015. “De 2005 a 2010, a instituição recebeu 3,5 mil casos novos de câncer do colo do útero por ano. Desse total, 1.437 já chegaram em estágio avançado e foram diretamente para cuidados paliativos. Muitos casos poderiam ser curados, se diagnosticados precocemente. Em todo o Pará já existem 20 Serviços de Referência para Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer do Colo do Útero, onde são feitos diagnósticos e tratamentos precoces desse tipo de câncer.
Segundo Nazaré Falcão, coordenadora do Núcleo de Gestão na Atenção à Mulher, neste ano a Sespa continuará fortalecendo as ações de controle do câncer de mama, e intensificará a prevenção do câncer de colo do útero, garantindo tratamento de lesões precursoras. “Nesse projeto estamos inserindo a população feminina de 25 a 64 anos, por região de saúde e município. A meta é quantificar 40% da população feminina para o Exame de Rastreamento do Câncer de Colo do Útero (PCCU). Para isso, vamos contar com as equipes de saúde básica, especialmente os Agentes Comunitários de Saúde (ACS)”, informou.
Por Mozart Lira

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