A estratégia de Joesley Batista para o depoimento à PGR
O empresário Joesley Batista deve afirmar que não recebeu orientações do ex-procurador Marcello Miller para negociar um acordo de delação, nem gravar Michel Temer no encontro no Palácio do Jaburu, em março.
Delação de Joesley é um dos pontos que embasam a açãoFoto: Vanessa carvalho/brazil photo pen/afp
Joesley deve dizer aos procuradores que foi apresentado a Miller pela advogada Fernanda Tórtima, que atua para a JBS, porque estava à procura de alguém para a área de anticorrupção da empresa.
No áudio, Joesley conversa com o diretor e lobista do grupo, Ricardo Saud, sobre suposta atuação de Miller na delação deles. A gravação foi feita no dia 17 de março, quando Miller, do grupo do procurador-geral, Rodrigo Janot, ainda era procurador da República.
Ricardo Saud também deve ser ouvido nesta quinta (7) na PGR, assim como o advogado da empresa Francisco de Assis e Silva, outro delator.
Eles pretendem argumentar que apenas consultaram Miller em linhas gerais sobre o processo de delação e que acreditavam que ele já havia saído da PGR.
Segundo Janot, o material, que traz uma conversa de mais de quatro horas gravadas entre Joesley e Saud, indica graves omissões nas delações. Janot disse ainda que os benefícios dados aos delatores, que ganharam imunidade com o acordo, podem ser suspensos e o acordo cancelado.
FOLHA PE
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