Furacão Irma (Foto: NOAA National Weather Service National Hurricane Center/Reuters)
O furacão Irma, uma das tempestades mais fortes no Atlântico em um
século, atingiu a ilha de Barbuda e se aproximava das Ilhas Virgens, na
região do Caribe, pouco depois do meio-dia desta quarta-feira (6).
Após passar pelo arquipélago de Antígua e Barbuda e das Ilhas Virgens, o
furacão de categoria 5 avançará para Porto Rico, levando ventos
intensos, chuvas fortes e ondas de até 12 metros para o norte de ilhas
caribenhas.
O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês)
informou que Irma se move a uma velocidade de 24 km/h, segundo a BBC. O
furacão pode atingir a Flórida no fim de semana, segundo o NHC,
tornando-se a segunda tempestade mais violenta a atingir o território
continental dos Estados Unidos em duas semanas. O furacão Harvey causou destruição no Texas e matou mais de 40 pessoas na semana passada.
O olho do Irma passou sobre a ilha de Barbuda, a leste de Porto Rico,
no início da manhã desta quarta com ventos de 295 km/h, segundo a
Reuters.
A extensão dos danos e o número de vítimas ainda eram desconhecidos no
início desta quarta-feira. O primeiro-ministro de Antígua e Barbuda,
Gaston Browne, afirmou nas redes sociais que as duas ilhas foram
devastadas por Irma, mas não falou em mortos, segundo a Efe. Ele
ressaltou que os danos estruturais são gravíssimos e pediu à população
máximo cuidado.
Barbuda
"Estamos encolhidos e está ventando muito. O vento é uma grande ameaça.
Até agora, alguns telhados foram arrancados", disse à France Presse
Garfield Burford, diretor de notícias da rádio e TV ABS da ilha de
Antígua, ao sul de Barbuda.
A maioria das pessoas ficou sem eletricidade em Antígua e Barbuda, e
cerca de mil delas iriam passar a noite em abrigos de Antígua. "É muito
assustador... a maioria das ilhas está escura, então é muito, muito
apavorante", disse.
Meios de comunicação do pequeno território caribenho apontaram que há
horas não há praticamente dado algum sobre o que está ocorrendo nestas
duas ilhas das Pequenas Antilhas, de acordo com a EFE.
Porto Rico
O governador de Porto Rico, Ricardo Rossello, exortou os 3,4 milhões de
habitantes do território norte-americano a buscarem refúgio em um dos
460 abrigos de furacão antes da tempestade, de acordo com a Reuters. A
polícia e soldados da Guarda Nacional deve começar a retirar pessoas de
áreas sujeitas a inundações no norte e no leste da ilha.
Enquanto o Irma passava pela região do Caribe, a tempestade tropical
Katia se formava no Golfo do México, segundo a Associated Press.
Na ilha de São Bartolomeu, a estação meteorológica local chegou a
registrar rajadas de ventos de mais de 200 km/h. Os relatórios da
imprensa local apontam que em São Bartolomeu as próprias equipes de
resgate e bombeiros tiveram que interromper os seus trabalhos devido às
inundações, que chegaram a superar em alguns edifícios estatais até um
metro, segundo a EFE.
A França está preocupada com milhares de pessoas que se negam a buscar
refúgio ante a iminente passagem do furacão Irma pelas ilhas caribenha
de São Bartolomeu e São Martinho, de acordo com a France Presse. São
Bartolomeu é um território francês de ultramar e São Martinho é uma ilha
dividida em uma parte francesa e outra holandesa.
"A principal preocupação que temos é (...) que afetará espaços muito
densos de população, espaços nos quais as residências são, infelizmente,
precárias e onde as pessoas se recusam no momento a buscar proteção em
quantidade suficiente", declarou a ministra de Ultramar, Annick
Girardin.
De acordo com uma fonte da AFP do ministério, quase 7 mil pessoas se
recusaram a seguir para abrigos antes da chegada do furacão de categoria
5, a mais elevada na escala que mede o fenômeno, nas duas ilhas que
estão em alerta máximo.
2º furacão em duas semanas
O Irma será o segundo poderoso furacão a atingir os Estados Unidos e seus territórios em duas semanas. Moradores do Texas e Louisiana ainda estão se recuperando dos eventos catastróficos do furacão Harvey, de categoria 4 e que atingiu a região em 25 de agosto.
As chuvas torrenciais provocaram inundações, destruíram milhares de casas e deixaram ao menos 1 milhão de desabrigados.
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