Macron sofre golpe em votação para Senado, conservadores mantêm maioria
Partido A República em Marcha, que planejava conseguir entre 40 e 50 vagas, conquistou apenas 23.
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Presidente francês, Emmanuel Macron, assina ordem que implementa
reforma trabalhista nesta sexta-feira (22) (Foto: Philippe Wojazer/ AP)
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O presidente da França, Emmanuel Macron, sofreu seu primeiro recuo
eleitoral no domingo (24), quando seu partido A República em Marcha
(LREM) ganhou menos lugares do que o esperado nas eleições para o Senado
francês.
O que estava em jogo era se o LREM e os aliados de Macron ganhariam
assentos suficientes para dar-lhes o voto da maioria de três quintos em
ambas as câmaras do parlamento, que ele precisa para reformas
constitucionais, incluindo planos para rever o parlamento.
O LREM, que esperava conquistar 40-50 assentos no Senado, acabou
obtendo 23 e contará com alianças com legisladores de outros partidos
caso a caso para apoiar o governo. A votação, com 171 dos 348 lugares do
Senado ocupados, consolidou a atual maioria conservadora do Senado.
Mas o partido socialista, que foi esmagado nas eleições legislativas de
junho passado, foi bem na votação, mostraram resultados provisórios
fornecidos pelo Senado francês.
Os resultados podem complicar os planos da Macron para as reformas
constitucionais e vêm com o declínio de sua popularidade, apenas quatro
meses após a eleição de maio.
Suas taxas de aprovação caíram consideravelmente nas pesquisas de opinião, arrastadas pelas reformas trabalhistas e cortes orçamentários planejados, incluindo uma diminuição da ajuda à habitação para estudantes.
"Os eleitores mostraram claramente que queriam um contrapeso
parlamentar, o que é, na minha opinião, vital para uma democracia
equilibrada", disse Gerard Larcher, presidente do Senado francês, em um
discurso público.
A maioria conservadora do Senado é composta por cerca de 150 membros do
Partido Republicano, confirmando o Senado como contraponto para Macron,
mesmo que a Assembleia Nacional, onde Macron tem clara maioria, tenha a
última palavra em legislação.
"Os eleitores mostraram claramente que queriam um contrapeso
parlamentar, o que é, na minha opinião, vital para uma democracia
equilibrada", disse Gerard Larcher, presidente do Senado francês, em um
discurso público.
Reuters
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