Moradores da Florida se preparam para o Furacão Irma

Desde o último fim de semana (01/09), os moradores da Florida veem sido alertados pelas autoridades e imprensa local sobre a possibilidade de enfrentarem um furacão.
Ao decorrer da semana e a medida em que o furacão ganhava mais força avançando pelo Caribe, a possibilidade foi se concretizando a cada minuto. Já na segunda feira (04/09), a população começou a estocar água, enquanto os supermercados corriam para abastecer seus estoques e vender para a população.
Na quarta-feira (06/09), já era praticamente impossível encontrar água nos supermercados, bem como comidas enlatadas e alimentos não perecíveis. O Irma atingiu seu ápice e subiu para categoria 5 com ventos de 185mhp (300 km/h) – o furacão mais forte já registrado no atlântico. O pânico foi tomando conta das pessoas, que praticamente limparam as prateleiras dos supermercados, comprando também baterias, pilhas e lanternas.
A maioria dos postos de gasolinas não tinham mais combustível, era preciso procurar bastante por algum que ainda tivesse, e os poucos que ainda tinham, era preciso enfrentar uma fila de até uma hora para abastecer o carro, quase sempre com a supervisão e coordenação de um carro da polícia para manter a ordem.
Ainda na quarta-feira, a população do sul da Florida começou a receber alertas no celular constantemente informando sobre as áreas de risco. Foi decretado pelas autoridades e governo a evacuação de moradores e turistas de Miami Beach e arredores costeiros. Todas as aulas de escolas e universidades também foram suspensas na quinta-feira até a passagem do furacão.
As pessoas começaram a proteger as janelas de casas e comércios com placas de alumínio e madeiras para prevenir danos com escombros que devem ser lançados pelo furacão.
“A Flórida nunca teve a experiência de um furacão tão forte quanto Irma, as previsões estão claras e as pessoas precisam se preparar e obedecerem às ordens de evacuação”, informou a agência de emergência FEMA
Começou então uma corrida para fugir do furacão Irma, mais de meio milhão de pessoas foram ordenados a deixar o sul da Flórida na quinta-feira. Os moradores começaram a subir o estado em busca de uma localidade que não sofresse tanto impacto ou que não fosse afetada.
Uma viagem de Miami à Orlando, onde muitos se abrigaram para esperar o furacão passar, chegou a levar 9 horas, mais do dobro do tempo, devido não só à quantidade de carros na estrada, mas também acidentes de transito.
Às 11 da noite de quinta-feira (07/09), a população do Sul da Flórida recebeu um alerta de emergência em seus telefones, o que quer dizer que, em 36 horas, a região vai sentir os efeitos do furacão.
Quem não viajou, está devidamente preparado com água, gasolina, gás e alimentos, esperando sempre pelo que o melhor aconteça. Muitos moradores já têm geradores em casa para o caso de a energia demorar para ser reestabelecida. Dependendo do impacto é possível que áreas fiquem algumas semanas sem energia e água potável.
As previsões mostram que Irma deve tocar o solo da Flórida às 2 da manhã do domingo (10) em categoria 4. Vale lembrar que os ventos do furacão têm um gigantesco raio de alcance e pode danificar telhados, causar significativas inundações, arrancar telhados e árvores.
A última tempestade de categoria 5 a atingir Flórida foi Andrew em 1992. Seus ventos superaram 165 mph (265 km/h), matando 65 pessoas e causando $ 26 bilhões em danos.
O Furacão Irma já provocou ao menos 20 mortes por onde passou nas ilhas do Caribe e deixou um rastro de destruição ainda incalculável.
Luan Vaz Barbosa
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