quinta-feira, 14 de setembro de 2017

esporte

Análise: até quando joga desfalcado, Santos de Levir é difícil de ser batido

Contra o Barcelona de Guayaquil, Peixe joga "com um a menos" e mostra controle emocional mesmo nos momentos de maior pressão dos equatorianos


Análise: até quando joga desfalcado, Santos de Levir é difícil de ser batido


Ganhar do Santos de Levir Culpi, definitivamente, não é tarefa fácil. Mesmo quando joga desfalcado, o time mantém um padrão tático, sabe sofrer, aguenta a pancada.

No empate em 1 a 1 com o Barcelona de Guayaquil, na quarta-feira, pelo jogo de ida das quartas de final da Libertadores, no Equador, o time suportou dois momentos de bastante pressão, deu o bote e poderia até ter trazido a vitória à Vila.
E com um detalhe: Thiago Ribeiro não foi substituto à altura de Copete. Fora do ritmo dos demais companheiros, pesado nos contragolpes, deixou o Peixe praticamente com um a menos até sair do jogo, aos 15 minutos do segundo tempo.
Mesmo assim, o Barcelona não conseguiu frear a série invicta santista, agora, de 17 partidas (nove vitórias e oito empates). Não é só. Com Levir, o time perdeu apenas duas vezes em 22 confrontos!
Veja a tabela abaixo. Ela traz as 10 derrotas do Peixe na temporada:
DERROTAS DO SANTOS EM 2017
ADVERSÁRIOPLACARCOMPETIÇÃOLOCALTREINADOR
São Paulo1X3PaulistãoVila BelmiroDorival Júnior
Ferroviária0X1PaulistãoVila BelmiroDorival Júnior
Corinthians0X1PaulistãoItaqueraDorival Júnior
Palmeiras1X2PaulistãoVila BelmiroDorival Júnior
Ponte Preta0X1PaulistãoMoisés LucarelliDorival Júnior
Fluminense2X3BrasileirãoMaracanãDorival Júnior
Cruzeiro0X1BrasileirãoVila BelmiroDorival Júnior
Corinthians0X2BrasileirãoItaqueraDorival Júnior
Sport0X1BrasileirãoVila BelmiroLevir Culpi
Flamengo0X2Copa do BrasilIlha do UrubuLevir Culpi
Dela, também se tira outro dado interessante. Metade dos tropeços no ano se deu na Vila. O que isso significa? Que a equipe encontrou uma maneira sólida de jogar como visitante, aprimorada nas mãos de Levir. Na verdade, quando precisa propor o jogo é que o Peixe costuma encontrar dificuldades, problema semelhante, por exemplo, ao do Corinthians.
No Equador, tal estratégia caiu como uma luva. Com o time compactado, fechadinho lá atrás, a primeira missão era segurar os famosos "15 minutos", quando se sabia que o oponente viria babando em busca do gol.
Claro que vale uma ponderação: Vanderlei tem salvado a equipe frequentemente na temporada, fato que voltou a se repetir na partida no Equador. Fez ao menos três defesas difíceis e não teve culpa no gol do Barcelona (uma cabeçada de Álvez no primeiro pau, completando escanteio, já aos 33 minutos do segundo tempo).
Mas a série invicta do Peixe não se explica somente pelos milagres de seu camisa 1. E, passada a blitz equatoriana, apareceram os contra-ataques santistas, que só não foram melhor aproveitados devido à ausência de Copete. Sem ele para dividir as atenções da marcação do Barcelona, a válvula de escape era quase sempre Bruno Henrique.
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