quarta-feira, 13 de setembro de 2017

ECONOMIA

BC revela que US$ 1,25 bilhão deixou o Brasil no começo de setembro

Resultado foi registrado entre o início do mês e a última sexta-feira (8). No acumulado do ano, há mais entrada que saída da moeda.

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Fonte:G1, Brasília

A saída de dólares do país superou a entrada de recursos em US$ 1,25 bilhão no começo de setembro, na parcial até a última sexta-feira (8), informou o Banco Central.
Os números do BC apontam para a manutenção do movimento de fuga de recursos do país, que teve início em junho. Se houver nova retirada de recursos em setembro fechado, esse será o quarto mês seguido de evasão de divisas.
Em junho e julho, respectivamente, a economia brasileira perdeu US$ 4,3 bilhões e US$ 2,64 bilhões. Já em agosto, US$ 698 milhões saíram do Brasil.
No acumulado de janeiro até a última sexta-feira (8), porém, o ingresso de dólares ainda supera as retiradas em US$ 2,88 bilhões. No mesmo período do ano passado, US$ 10,37 bilhões haviam sido retirados do Brasil.

Impacto no dólar

A saída de dólares na parcial de setembro favorece em tese, a alta da moeda em relação ao real. Isso porque, com menos dólares no mercado, seu preço tenderia a subir.
Neste mês, porém, o dólar vem registrando pequena queda. No fim de agosto, a moeda norte-americana estava em R$ 3,14 e nesta quarta-feira (13), por volta das 16h, estava cotado em R$ 3,13.
Segundo analistas de mercado, além do fluxo de dólares, outros fatores influenciam a cotação da moeda, como o cenário político interno e externo e o processo gradual de alta dos juros nos EUA, que tende a atrair capital para aquela economia.
Nesta quarta-feira, o dólar opera estável ante ao real, com os investidores monitorando a cena política doméstica após o presidente Michel Temer ter se tornado alvo de novo inquérito e depois da prisão do presidente-executivo da JBS, Wesley Batista, segundo a Reuters.

Interferência do BC

Outro fator que influencia a cotação do dólar são as operações de swap cambial, que funcionam como uma venda futura de dólares, ou de "swaps reversos", que funcionam como uma compra de dólares no mercado futuro.
Nestas operações, o BC faz oferta de dólares para tentar controlar a cotação da moeda e impedir grandes oscilações. Além disso, essas operações servem para oferecer garantia (hedge) a empresas contra a valorização do moeda.

 

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