quarta-feira, 27 de setembro de 2017

DF

DF tem 3,7 novos casos de sífilis por dia; ‘medo’ do remédio e falhas na prevenção explicam epidemia


Teste rápido pode detectar sífilis em uma hora (Foto: Tássio Andrade/G1 )

Com o aumento nos registros nos últimos anos, o Distrito Federal vem esbarrando em dificuldades para contornar a epidemia de sífilis. Falta medicação adequada a todos os pacientes, houve diminuição nas campanhas de prevenção, preservativos deixaram de ser usados na mesma frequência, e gestantes relataram não tomar os remédios ‘certos’ por medo dos efeitos colaterais.
Dados da Secretaria de Saúde apontam 3,7 novos casos por dia. O número de ocorrências até 26 de agosto de 2017 supera todas as de 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013. A doença, se não tratada, pode matar.
“É uma coisa bem preocupante e é uma somatória de coisas”, disse o infectologista da Secretaria de Saúde José David Urbaez. Segundo ele, homens gays estão no grupo dos mais afetados pelo aumento da doença.
O médico, que também é membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirma que a “perda do referencial de proteção nas relações sexuais, uma vez que, em tese, foi superada a morte pela Aids”, fez com que as pessoas começassem a usar preservativos com menor frequência. Além disso, Urbaez cita uma diminuição das campanhas de prevenção.
“Quando do início do HIV, o medo das pessoas e a prevenção que elas tomavam levou a reboque as outras infecções sexualmente transmissíveis. Quem tinha medo de morrer praticava sexo seguro, daí deixava de pegar HIV e também o restante. HIV foi um fator de prevenção de sífilis”, disse o infectologista.

G1 DF

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