sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Soja



Produção de soja no Amapá deve crescer 28% em 2017 e movimentar R$ 60 milhões

Em plena expansão, a colheita de soja equivale a 70% da produção agrícola do estado. Empresários projetam crescimento acelerado e destacam viabilidade a partir do Porto de Santana.

 
 
 
"Anel da soja" tem área de 200 quilômetros concentrando 80% do plantio (Foto: Divulgação/Aprosoja)  
 
 
ntensificado há 5 anos no Amapá e com previsão de movimentar R$ 60 milhões somente em 2017, o mercado da soja está em pleno crescimento no cerrado amapaense. A produção deve ser 28,5% superior à colheita de 2016, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
 
 
Os números estão no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de julho, que prevê mensalmente a produção agrícola dos estados. A soja também representa a maior área de colheita do estado, com mais de 70% dos 23 mil hectares utilizados pela agricultura.
Os números do IBGE devem se confirmar até o fim de agosto, de acordo com produtores. A safra do grão está sendo colhida desde julho e deve somar quase 60 mil toneladas neste ano.
 
 
A área usada para plantio fica no Leste do estado e é conhecida como "anel da soja", cobrindo principalmente territórios de quatro municípios: Macapá, Itaubal, Porto Grande e Tartarugalzinho. Num raio de 200 quilômetros se concentra 80% da área cultivada no estado.  


A capacidade do "anel" é de cultivar até 400 mil hectares com potencial para produção de 1,2 milhão de toneladas do grão. O clima amazônico também foi um desafio superado pelos novos agricultores, que souberam lidar com a rápida transição entre chuvas intensas e o forte sol. 
 
 
"A gente teria que plantar para colher no seco [verão] devido à falta de estrutura de secadores. Nós tínhamos essa dúvida, porque às vezes a chuva estendia um pouquinho mais e às vezes um pouquinho menos, e aí foi por tentativas. Começamos a plantar em determinado momento entre março e abril e começou a dar certo", explicou Carlos Kackzam, produtor de soja.  


Localização do Porto de Santana é considerada estratégica para agricultores locais (Foto: Divulgação/Prefeitura de Santana)
 
 
 
Localização do Porto de Santana é considerada estratégica para agricultores locais (Foto: Divulgação/Prefeitura de Santana) 
 
 
O caminho final para o escoamento da soja é o Porto de Santana, às margens do rio Amazonas, que por causa da posição geográfica é apontado como mais uma vantagem para os agricultores. 
 
"Nosso porto está bem na extremidade, por assim dizer, do nosso país. Muito mais próximo dos mercados europeus, do canal do Panamá e isso aí é um atrativo muito grande para as empresas em relação ao frete. As distâncias a serem percorridas são menores, tanto para um lado do mundo, lá para o lado da Europa e Ásia", destacou Paulo Roberto Couto, presidente da Companhia Docas de Santana. 
 
 
Grão é plantado entre abril e março e colheita acontece entre julho e agosto (Foto: Divulgação/Aprosoja) 
 
 
Grão é plantado entre abril e março e colheita acontece entre julho e agosto (Foto: Divulgação/Aprosoja) 
 
 
A Associação de Produtores de Soja do Amapá (Aprosoja) destaca que a maior parte do recurso proveniente da exportação do grão foi aplicada no mercado local, com a aquisição de equipamentos, contratação de empresas e mão-de-obra. A entidade defende ainda a expansão do plantio e colheita. 
 
 
"O Amapá vai ser um líder na produção de soja não em quantidade, mas em qualidade. O Amapá pode acessar nichos de mercado muito interessantes dada a essa nossa localização estratégica aqui próximo ao porto e dada essa condição ambiental única que nós temos aqui", apontou Daniel Sebben, presidente da Aprosoja. 
 
 
Daniel Sebben, presidente da Aprosoja (Foto: John Pacheco/G1) 
 
 
Daniel Sebben, presidente da Aprosoja (Foto: John Pacheco/G1) 
 
 

Outras culturas

A característica de solo e clima do estado também facilitam o plantio de outros grãos no cerrado amapaense, como o milho, arroz e o feijão, que aproveitam as áreas usadas para a soja, segundo a associação.
 
 
"Com o clima amazônico, a rotação entre soja e milho foi possível. Podemos fazer uma safra de soja em um ano, colhemos e depois plantamos o milho. Elas têm demandas e mercados diferentes e se equilibram muito bem", completou Sebben.  


*Com informações da Rede Amazônica
 
 
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