sábado, 26 de agosto de 2017

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Catadores de lixo recebem ação do Hospital Galileu



















O Hospital Público Estadual Galileu promoveu, na tarde desta sexta-feira (25), uma ação preventiva de saúde junto aos coletores que atuam na Associação de Recicladores das Águas Lindas (ARAL), localizada no bairro de Val-de-Cans.
A associação existe há 12 anos e reúne cerca de 50 coletores que trabalham em sistema de cooperativa na reciclagem de materiais como plástico, jornais, livros e papelão.
Uma equipe da Pró-Saúde, organização social que administra o Galileu e outros oito hospitais no Pará, levou à sede da associação serviços de avaliação nutricional, avaliação de nível de estresse, teste de glicemia, verificação de pressão arterial e ginástica laboral.
Parceria - O Hospital Galileu tem uma parceria com a Associação de Recicladores há dois anos, através da qual fornece materiais recicláveis em contribuição. Através do contato com os catadores, os funcionários do hospital começaram a perceber a necessidade de uma ação preventiva de saúde.
Em janeiro deste ano, eles estiveram orientando a comunidade sobre a importância do uso de equipamentos de proteção como luvas, capacetes e botas. “Estamos tentando, através de parcerias com empresas, a compra desses equipamentos para fornecer a eles em outubro, quando vamos voltar aqui para aplicar nos catadores doses das vacinas contra as hepatites A e B, e tétano. Essas vacinas já foram garantidas junto à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), disse Sandro Mendes, supervisor administrativo do Galileu.
Projeto nacional - A ação junto aos catadores faz parte do projeto “50 Ações do Bem, uma iniciativa da Pró-Saúde que vem acontecendo ao longo do ano em todas as unidades geridas pela organização no Brasil. “O sentimento é muito prazeroso porque a gente sai do hospital onde estamos para tratar os pacientes, e aqui atuamos diretamente na prevenção de doenças que podem afetar essa comunidade”, disse Diego Santos, funcionário do Galileu, enquanto media a pressão arterial de uma integrante da associação.
Exames básicos em dia - Os catadores da Associação dos Recicladores das Águas Lindas trabalham de 7 as 17 horas e se queixam principalmente da falta de tempo para os cuidados básicos com a saúde. “Nem me lembro da última vez que fiz um exame. Tenho que trabalhar pra sustentar a família e mal tenho tempo pra me preocupar com doença. A vinda desse pessoal ajudou muito porque agora vou fazer um monte de exames”, disse Rafael Reis, 26 anos.
Roseli Araújo, 43 anos, trabalha na associação há quase dois anos, e não sabia do perigo que corria no contato com os produtos coletados sem proteção. “Agora, além de saber a importância de tomar as vacinas, pude fazer exames que eu nunca tinha feito. Como eu trabalho na produção e um dia de falta para ir ao médico significa dinheiro a menos, só ia ao posto de saúde quando já estava doente”, revelou a mãe de dois filhos.
Por Syanne Neno

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