quinta-feira, 17 de agosto de 2017

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Prefeitura leva vacina para adolescentes em escolas de Goiânia

Escrito em 17/08/2017 17:41
Campanha quer imunizar jovens contra o HPV, responsável pelo câncer de colo de útero, e meningite tipo C, doença grave que pode provocar a morte 

Diante da baixa procura pela vacina contra o HPV em Goiânia, a Prefeitura intensifica a vacinação em escolas públicas e privadas durante o mês de agosto. Adolescentes de ambos os sexos devem se imunizar contra o vírus responsável por tumores de colo de útero, vulva, pênis, ânus, boca e orofaringe. Unidade de ensino do Jardim Planalto recebe técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta sexta-feira, 18, para abertura oficial dos trabalhos na Capital. Durante as visitas, jovens também devem ser imunizados contra a meningite tipo C.

Ambas a vacinas, tanto a contra o HPV quanto a meningite tipo C, fazem parte do Calendário Nacional de Imunização do Ministério da Saúde e são oferecidas gratuitamente na rotina de todas as 76 salas de vacinação de Goiânia. Meninas de nove a 14 anos e meninos de 11 a 14 devem se vacinar contra o papilomavírus humano. Já a vacina contra meningite é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para adolescentes de ambos os sexos com idade entre 12 e 13 anos e garante uma alta proteção contra a doença até a idade adulta. 
 No primeiro semestre de 2017, somente 4,6 mil das cerca de 70 mil meninas de nove a 14 anos se vacinaram contra o HPV. Entre os meninos de 11 a 14 os números também não são otimistas e apontam que apenas 5,6 mil de uma população de 42 mil jovens procuraram a proteção contra o papilomavírus humano. 'Para garantir uma imunidade eficiente é necessário que os adolescentes tomem duas doses da vacina com um intervalo de seis meses entre elas', explica o médico e superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Robson Azevedo. Se seguido à risca, o esquema vacinal protege contra quatro subtipos do vírus (6, 11, 16 e 18) com 98% de eficácia.
 Com a campanha nas escolas a Prefeitura de Goiânia quer ampliar o acesso às doses para os adolescentes e conscientizar esta população sobre a importância de se vacinar contra o HPV e a meningite C. Em um primeiro momento, equipes da SMS foram às instituições conversar com gestores e profissionais sobre a importância da vacinação e orientar sobre os comunicados necessários para realização da campanha. 'Os jovens cujos pais ou responsáveis assinaram o termo que não autoriza a vacina não devem ser imunizados', alerta Robson Azevedo. Mesmo com a autorização, durante a abordagem os meninos e meninas que se recusarem também não serão vacinados.
HPVQuanto a vacina contra o HPV, a meta da Secretaria Municipal de Saúde é vacinar 80% da população alvo, o que corresponde a cerca de 57 mil meninas e 33 mil meninos. Mesmo com o fim da ação pontual nas unidades de ensino, as doses continuarão disponíveis em todas as unidades de saúde de Goiânia com sala de vacinas. 'A vacina é segura e eficaz, com efeitos adversos mínimos e protege contra importantes tipos de tumores', pontua o superintendente de Vigilância em Saúde. 
 O câncer de colo uterino, um dos tumores que a vacina HPV pode evitar, tem taxa de incidência anual de 15 novos casos em 100 mil mulheres. Só em 2016 foram confirmados 16.340 novos diagnósticos. O país registra, em média, 5,5 mil óbitos todos os anos em decorrência desse tipo de câncer, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A vacinação entre os meninos é importante pois eles são responsáveis pela transmissão do vírus às parceiras. Com a estratégia, os homens colaboram, com a redução do câncer de colo de útero e vulva na mulheres.
Além disso, a vacina previne o câncer de boca, que mata cerca de cinco mil pessoas todos os anos no Brasil; de vulva, que representa cerca de 4% dos tumores dos órgãos reprodutores femininos; pênis, tipo que alcança 2% de todos tumores que atingem o homem e anal, câncer que responde por até 2% dos tumores do cólon e 4% dos que acometem o intestino grosso. O HPV também é responsável por verrugas genitais em ambos os sexos.
Pedro Ferreira, da editoria de Saúde
Foto: Anna Lúcia Almeida


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