FMI destaca criação da Instituição Fiscal Independente
Um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado em julho elogia a decisão do Senado de criar a Instituição Fiscal Independente
(IFI). De acordo com a publicação, a IFI “é um passo importante para
promover a transparência e melhorar o debate sobre a política fiscal no
Congresso e na sociedade”.
A menção ao IFI está em um relatório anual conhecido como Artigo IV. O texto faz um diagnóstico sobre a economia dos países membros (leia aqui,
em inglês). A equipe do FMI esteve no Senado em maio. O
diretor-executivo da IFI, Felipe Salto, explica que a função da
Instituição, criada em 2016, é “colocar luz sobre as contas públicas”.
— A IFI ainda não completou um ano de
existência. A menção no relatório do FMI mostra que um organismo
multilateral importante nessa matéria fiscal reconhece na iniciativa do
Senado um ato na direção da transparência e da melhoria da avaliação das
contas públicas. É um instrumento a mais que a gente tem para avaliar
as contas do governo — afirma Salto.
De acordo com o relatório do FMI, o
Brasil está saindo da recessão e terá uma expansão de 0,3% no produto
interno bruto (PIB) em 2017. A previsão do IFI é um pouco mais otimista:
0,46%.
O diretor-executivo da Instituição
Fiscal Independente destaca, no entanto, que o Brasil atravessa “um
momento de penúria” e que as contas do país “estão muito debilitadas”.
Felipe Salto avalia que o déficit da União em 2017 deve ser pior que os
R$ 139 bilhões previstos pelo Palácio do Planalto.
— Nossa estimativa atual é de déficit
de R$ 144,1 bilhões. Mas estamos revisando esse número. As receitas
estão piorando, não estão vindo como o governo e a IFI esperavam. Do
lado das despesas tem pressões. O resultado disso é que pode ter uma
piora entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões no resultado inicialmente
projetado — disse Felipe Salto.
O próximo relatório de acompanhamento fiscal da IFI será divulgado no dia 10 de agosto.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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