Luxa admite ter suavizado relação com atletas: "Não sou um homem burro"
Técnico afirma que, durante tempo em que ficou parado, ficou claro para ele que relação do treinador com jogadores, hoje, é diferente do passado
Por Rômulo Alcoforado, Recife

Em 5º lugar, bom momento do Sport passa pelas mãos de uma pessoa: Vanderlei Luxemburgo
O futebol mudou, e Vanderlei Luxemburgo mudou junto com ele. Não dentro
de campo - já que, para o técnico, não há grandes novidades no aspecto
tático. Mas fora dele. Na relação com os jogadores. O comandante do
Sport revela que, nos dias atuais, lida de uma forma diferente com os
atletas, em comparação à relação com os profissionais em períodos
anteriores da sua carreira.
Segundo o técnico, embora exigente, a cobrança feita a um jogador
atualmente é mais suave do que, por exemplo, fazia na década de 90 ou no
início dos anos 2000. Ele admite isso. Diz que não é um "homem burro".
Vanderlei
Luxemburgo ainda cobra dos jogadores, mas de forma mais suave do que
fazia antigamente (Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press)
- A mudança que existiu foi no trato com eles. Na maneira como eu
lidava com eles. Depois que fiquei oito meses descansando, fui vendo
situações e conversando muito com as pessoas. E essa coisa está muito
clara para mim hoje. Os atletas estão muito mais protegidos. Não somos
mais aqueles orientadores como profissionais e como pais. Somos
profissionais lidando com eles. Claro que vamos dar uma orientação, com
experiência. Mas eles estão mais protegidos e mais assessorados para não
aceitar o esporro, porque tem um assessor, um empresário que fala
assim: "Se Luxemburgo não te colocar no Sport, não se preocupa. Te tiro
do Sport e te coloco em outro time". Em outra equipe, a mesma coisa. E
fazem isso com uma propriedade muito grande. Não sou um homem burro,
entendi que deveria mudar a relação com eles. Posso chamar atenção sem
ser aquela coisa mais do paizão antigo, que era duro, mas se sabia que
estava orientando para o melhor. Chama atenção de uma maneira diferente -
avalia.
Luxemburgo deixa claro, porém, que a mudança de atitude é uma adaptação
aos novos tempos. O que não significa que ele concorde integralmente com
o novo tipo de relação atleta-treinador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário