quinta-feira, 3 de agosto de 2017

politica



Deputados avaliam decisão do Plenário sobre denúncia contra Temer

Aliados defendem aumento de diálogo; oposição diz que governo sai enfraquecido da votação
Antonio Augusto/Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara em exercício Dep. Fábio Ramalho (PMDB - MG) concede entrevista
Ramalho lembra que para aprovar as reformas é preciso grande apoio
Base aliada e oposição avaliaram de forma diferente a decisão da Câmara dos Deputados de negar autorização para que o Supremo Tribunal Federal analise denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, por crime de corrupção passiva.
Para os aliados do Planalto, a partir de agora o governo se fortalece para aprovar as reformas, com destaque para a da Previdência (PEC 287/16). Já a oposição entendeu que Temer sai enfraquecido, por ter perdido votos na base de apoio. A diferença entre os que rejeitaram a denúncia e defenderam seu prosseguimento foi de apenas 36 votos.

O primeiro-vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), afirmou que não é o momento de retaliar nenhum aliado do governo que votou favorável à denúncia, mesmo entre os do PMDB, partido de Temer. Para Ramalho, o importante agora é focar nas reformas. “Para ter reformas, é preciso o voto de todos, e não se pode retaliar ninguém. O presidente Temer tem habilidade para isso, demostrada pela votação brilhante”, disse Fábio Ramalho.

Vice-líder do DEM, o deputado Pauderney Avelino (AM) reconheceu que é preciso um maior diálogo com a base aliada para dar prosseguimento às votações na Casa, mas disse acreditar que Temer vai atuar para manter a união. “O trabalho precisa ser feito, sim, diariamente, mas Temer, como nenhum outro presidente, conhece a Casa e sabe como agir”, afirmou.

O deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos vice-líderes do governo, defendeu mais diálogo. Ele também é contra retaliar aliados. “Saímos muito bem desse processo, e a base está consolidada em 263 parlamentares, mas pode aumentar, até porque temos o objetivo específico de resolver o problema econômico do Brasil”, disse.

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