Forças
iraquianas retomam centro
de Tal Afar do Estado Islâmico
No início de julho, as forças iraquianas retomaram Mossul, segunda cidade do Iraque |
As forças iraquianas reconquistaram, neste sábado (26/8), o centro
de Tal Afar e sua cidadela, seis dias depois de ter iniciado o assalto a
um dos últimos redutos do grupo Estado Islâmico no Iraque.
No
início de julho, as forças iraquianas retomaram Mossul, segunda cidade
do Iraque e outrora grande reduto do grupo ultrarradical no país, depois
de nove meses de violentos combates que puseram fim a três anos de
ocupação jihadista.
No domingo passado, as
tropas governamentais e as unidades paramilitares do Hashd Al Shaabi,
apoiadas pela coalizão dirigida pelos Estados Unidos, lançaram o assalto
contra Tal Afar, 70 km a oeste de Mossul.
Em
menos de uma semana, avançaram rapidamente até o setor histórico, onde
viviam 200.000 pessoas antes da chegada dos jihadistas em 2014.
Os
combates prosseguem, segundo o general Abdelamir Yarallah, chefe das
operações militares, especialmente para retomar a localidade de Al
Aadieh, 15 km ao norte e que tem uma rota estratégica que une Tal Afar à
fronteira síria.
Segundo os comandos militares
no front, a vitória total em Tal Afar poderá ser celebrada durante a
festa muçulmana do Aid Al Adha, que no Iraque acontece em 2 de setembro.
"No
início, os jihadistas usavam carros-bomba e morteiros. Agora há apenas
franco-atiradores", indicou Abas Radhi, um combatente do Hachd. "Ahora
lo que hay principalmente son francotiradores" explicó.
Tal
Afar não é tão grande nem tão simbólica quanto Mossul, mas sua
conquista constitui uma importante etapa na ofensiva antijihadista,
tanto no Iraque como na vizinha Síria.
As
autoridades afirmam que a tomada de Tal Afar complicará ainda mais a
passagem de armas e de jihadistas entre o Iraque e a Síria, onde o EI é
atacado em várias frentes.
"É um período de
transição entre uma guerra que se aproxima do fim e o início da
estabilização e da reconstrução do Iraque", afirmou, por sua parte, o
ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, de visita
ao país, junto com a ministra da Defesa, Florence Parly.
Le Drian anunciou um empréstimo de seu país ao Iraque por 430 milhões de dólares para contribuir com a reconstrução do país.
A
França, um dos principais colaboradores da coalizão anti-EI, pretende
manter seu apoio militar para que sejam reconquistados os últimos
redutos jihadistas: Hawija, no norte iraquano, e as zonas fronteiriças
com a Síria, no oeste.
Os ministros devem
viajar depois para Erbil, no Curdistão iraquiano, onde se reunirão com o
presidente da região autônoma, Masud Barzani.
É
esperado que os ministros franceses alertem os curdos iraquianos contra
o referendo sobre sua independência previsto para 25 de setembro e que
poderá desestabilizar o conjunto da região.
Washington
também se opõe a esta votação, assim como a Turquia e o Irã, que temem
que o processo desestabilize sua própria minoria curda.
AFP
Nenhum comentário:
Postar um comentário