Motorista
de van usada em
atentado em Barcelona é
identificado

Younes Abouyaaqoub,
suspeito de conduzir a van que atropelou pedestres na Rambla, em
Barcelona (Foto: Reprodução/Twitter/Mossos)
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Imagem de suspeito de dirigir van usada em ataque em Barcelona, Younes Abouyaaqoub, é divulgada pela polícia catalã (Foto: Spanish Interior Ministry via AP) |
A polícia autônoma catalã divulgou nesta segunda-feira (21) a
identidade do autor do atentado em La Rambla, em Barcelona, que segue
foragido. O motorista da van que atropelou e matou 13 pessoas, além de deixar mais de 100 feridos, é Younes Abouyaaqoub, segundo o responsável de Interior do governo da Catalunha, Joaquim Forn.
Segundo informações da imprensa espanhola, que já havia antecipado a
divulgação da identidade do suspeito, Younes Abouyaaqoub é marroquino e
tem 22 anos. Ele seria integrante de uma célula terrorista que planejava
executar vários ataques na capital da Catalunha.
Logo após o atropelamento em La Rambla, ele fugiu à pé, passou pelo
mercado La Boquería e seguiu em direção à Cidade Universitária, onde
pegou o carro de um homem de 34 anos. Ele avançou com carro contra policiais em um posto de controle da cidade e, então, abandonou o veículo com o corpo dentro.
Além das 14 pessoas mortas em Barcelona (13 atropeladas e o homem
esfaqueado), uma mulher que foi atropelada em Cambrils por um carro que
não obedeceu um controle da polícia também não resistiu aos ferimentos.
Assim, o número de vítimas nos ataques na Catalunha de quinta-feira (17)
subiu para 15. Todas as vítimas já foram identificadas.
Caçada internacional
Em entrevista à Rádio Catalunya, Forn disse que a identidade do
motorista da van foi informada para todas as polícias europeias e que
vai se iniciar uma caçada internacional. As autoridades não dispõem de
dados que apontem uma saída do fugitivo do país.
"Se soubesse que está na Espanha e soubesse a localização, iríamos
atrás dele. Não sabemos onde está", disse à imprensa internacional o
comandante da polícia catalã, Josep Luís Trapero, em referência ao
foragido.
Trapero disse que a polícia chegou à autoria do atropelamento
examinando a documentação da van, a papelada do aluguel do veículo,
evidências científicas e testemunhas que viram Abouyaaqoub fugir da cena
do crime.
Antes de a polícia identificar Abouyaaqoub como o principal suspeito de
ser o motorista da van, pensava-se que o veículo havia sido dirigido
por Moussa Oukabir, de 17 anos, que foi morto horas depois do ataque, em Cambrils.
Segundo Trapero, os planos iniciais da célula terrorista, composta por
12 pessoas - incluindo um imã -, foram frustrados por uma explosão
acidental na quarta-feira (16) em uma casa de Alcanar, 200 km ao sul de
Barcelona. "Naquele momento estavam preparando os explosivos para, de
modo iminente, executar um ou vários atentados na cidade de Barcelona", disse Trapero.
Ele acrescentou que na casa estavam armazenados mais de 100 botijões de
gás e que a polícia catalã encontrou "ingredientes" de TATP, um
explosivo utilizado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), que
reivindicou os atentados.
Martine Groby, uma aposentada francesa de 61 anos, vizinha desta casa,
contou à AFP que desde abril observou um ir e vir contínuo de quatro
homens que falavam francês e eram muito "discretos", que "sempre davam
um jeito para que eu não vissem o que estavam descarregando".
O papel do imã
Dos doze membros identificados da célula terrorista, quatro estão
detidos, cinco morreram após o ataque em Cambrils (120 km ao sul de
Barcelona), um está foragido e outro morreu na casa de Alcanar. Em
Cambrils, horas depois do ataque em Barcelona, o carro onde estava os
cinco suspeitos avançou sobre um ponto de controle policial. A polícia
reagiu, matando os cinco ocupantes do veículo.
O 12º também pode ter morrido na explosão de Alcanar, pois na
residência foram encontrados "vestígios de no mínimo duas pessoas",
disse Trapero.
Nenhum dos 12 integrantes da célula, com idades entre 17 e 34 anos,
tinha antecedentes vinculados com delitos de terrorismo, informou o
comandante dos Mossos d'Esquadra.
Trapero confirmou que um dos integrantes da célula é o imã de Ripoll,
uma pequena cidade do norte da Catalunha onde moravam diversos
integrantes do grupo.
O imã foi identificado por seu colega de apartamento, Nordeen el Haji,
como Abdelbaki Es Satty. No sábado (19), a Polícia realizou uma operação
de busca na casa do religioso.
Nas últimas horas aumentaram as suspeitas de que o imã, de 42 anos,
liderava a célula. "Ele se reunia mais com os jovens do que com pessoas
da sua idade", afirmou à AFP um vizinho de Ripoll, ao descrever o imã,
que chegou à cidade em 2015. Em junho, ele pediu férias de três meses,
ao afirmar que precisava viajar ao Marrocos.
O imã morou em Machelen, na periferia de Bruxelas, "de janeiro a março
de 2016", afirmou à AFP o prefeito da localidade fronteiriça de
Vilvorde, Hans Bonte.
"Segundo as informações que tenho", o imã Abdelbaki As Satty, procurado
pelos investigadores espanhóis, hospedou-se "em Machelen de janeiro a
março de 2016", declarou Bonte, encarregado da polícia das duas
localidades, confirmando uma informação da rede pública flamenca VRT.
Homenagem na Sagrada Família
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Memorial no local onde uma van atropelou pessoas em Las Ramblas, em Barcelona, na Espanha (Foto: Susana Vera / Reuters) |
No domingo, Barcelona homenageou as vítimas em uma cerimônia solene na Sagrada Família, o famoso templo concebido por Antonio Gaudí, na presença de 1.800 pessoas.
A cerimônia, sob fortes medidas de segurança que incluíram a presença
de franco-atiradores, contou com a participação do rei Felipe e da
rainha Letizia da Espanha, do primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy e
do presidente da região da Catalunha, Carles Puigdemont.
A capital catalã recuperou parte da normalidade com o início da Liga no
Camp Nou, onde o Barça dedicou à sua torcida, de luto, a vitória por 2 a
0 sobre o Betis. No
gradil, a torcida repetiu o lema "Não tenho medo" e em campo, Leo Messi
e companhia exibiram braçadeiras pretas e camisetas especiais, nas quais seus nomes foram substituídos pelo da cidade de "Barcelona".
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Memorial no local onde uma van atropelou pessoas em Las Ramblas, em Barcelona, na Espanha (Foto: Susana Vera / Reuters)
No domingo, Barcelona homenageou as vítimas em uma cerimônia solene na Sagrada Família, o famoso templo concebido por Antonio Gaudí, na presença de 1.800 pessoas.
A cerimônia, sob fortes medidas de segurança que incluíram a presença
de franco-atiradores, contou com a participação do rei Felipe e da
rainha Letizia da Espanha, do primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy e
do presidente da região da Catalunha, Carles Puigdemont.
A capital catalã recuperou parte da normalidade com o início da Liga no
Camp Nou, onde o Barça dedicou à sua torcida, de luto, a vitória por 2 a
0 sobre o Betis. No
gradil, a torcida repetiu o lema "Não tenho medo" e em campo, Leo Messi
e companhia exibiram braçadeiras pretas e camisetas especiais, nas quais seus nomes foram substituídos pelo da cidade de "Barcelona".
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FONTE:G1
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