Gilmar Mendes pedirá que recursos sobre eleição no AM sejam julgados em até 2 semanas
Estado tem novas eleições diretas após mandatos do ex-governador, José Melo, e do vice, Henrique Oliveira, terem sido cassados por compra de votos.
Por Adneison Severiano, G1 AM
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes,
garantiu que em até duas semanas os recursos do governador cassado do
Amazonas José Melo (PROS) serão julgados no Supremo Tribunal Federal
(STF). A declaração foi dada durante visita a Manaus neste domingo (6).
Gilmar Mendes acompanha as eleições suplementares para escolha do novo
governador do Amazonas.
Na capital, Mendes afirmou que irá pedir agilidade na análise dos
recursos. "Estamos tomando essas providências e acredito que dentro de
uma ou duas semanas teremos resolvido", afirmou.
O STF decidiu que o vencedor só será diplomado ao fim do julgamento de recursos referentes à cassação do último governador.
O ministro desembarcou em Manaus para verificar o andamento da votação
no início da tarde. Depois de se reunir com desembargadores e
autoridades envolvidas nas eleições, o presidente do TSE foi até uma
seção eleitoral na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e conferiu a
votação paralela (auditoria da votação) na sede do TRE, no bairro
Aleixo, Zona Centro-Sul da capital.
Ele estava acompanhado pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do
Amazonas (TRE-AM), desembargador Yedo Simões, e o vice-presidente,
desembargador João Simões.
Lendas de manipulação
O ministro Gilmar Mendes destacou o trabalho da Justiça Eleitoral e a
confiabilidade das eleições. Ele também classificou como lendas urbanas
os boatos de manipulação nas urnas eletrônicas brasileiras.
"Vimos os desafios que se colocam nas eleições no Amazonas e dizer que esse trabalho mostra a seriedade da Justiça Eleitoral. Gostaria de chamar atenção dos senhores para aquilo que está se realizando aqui ao lado, que é a votação paralela, que é a auditagem das nossas urnas. Nesse momento, que ocorrem episódios tristes na Venezuela com possíveis fraudes nas eleições, os senhores veem a confiabilidade do nosso modelo: a checagem, a auditagem e a verificação. Sempre fizemos esses testes das urnas para verificar as autenticidade. Sempre chamo atenção para que não alimentemos essas lendas urbanas", disse o ministro.
Eleição suplementar
O estado tem novas eleições diretas após os mandatos do ex-governador,
José Melo, e do vice, Henrique Oliveira, terem sido cassados por compra
de votos nas eleições de 2014.
A eleição havia sido suspensa após decisão do ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, no dia 28 de junho.
Entretanto, no dia 6 de julho, o ministro do STF Celso de Mello anulou a
decisão anterior e manteve o pleito.
Ainda há recursos no própria Justiça Eleitoral e no Supremo que podem
trazer novas decisões que implicariam na posse do governador eleito nas
eleições diretas deste ano.
O presidente do TSE afirmou que tem tratado da celeridade do julgamento
dos embargos de declaração do ex-governador José Melo que tramitam no
Supremo.
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