França pede rivais juntos para fortalecer nado peito: “Trabalhar em unidade"
Nadador de peito, que ficou fora do Campeonato Mundial, sabe da força da categoria no Brasil: "Ainda não conseguimos na Olimpíada, porque é um processo mais árduo"
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Por João Paulo de Castro, Santos, São Paulo
Seja em piscina curta ou em piscina longa, o Brasil tem conquistado
medalhas em internacionais nos 50m peito. Em 2014, em Doha, no Catar,
Felipe França conquistou o ouro no Mundial em piscina curta. Em 2016,
Felipe Lima conquistou nove medalhas nas etapas da Copa do Mundo, também
em piscina curta. Mais recentemente, em Budapeste, João Gomes Júnior foi vice-campeão do mundo atrás apenas de Adam Petty, desta vez em piscina longa (mais importante). Um
dos pilares do experiente trio de especialistas na prova, França pede
que os três se unam para fortalecer ainda mais a modalidade.
Da trinca de favoritos, Felipe França é o único que não foi ao Mundial
de Budapeste. No Troféu José Finkel, que é realizado na piscina da
Unisanta, em Santos, ele venceu os dois rivais e conquistou a medalha de
ouro. João Gomes e Felipe Lima ficaram com a prata e o bronze,
respectivamente. Depois da prova, França falou sobre o domínio do trio
nos 50m peito.
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Felipe Lima foi quarto no Mundial nos 50m peito (Foto: Satiro Sodré/SSPRESS/CBDA)
- Um dia eu venço, no outro vence o João, na outra ganha o Lima. Isso é
muito bom para a gente mesmo e para a nova geração que vai aparecer. A
gente nunca saiu da beira do pódio em Mundiais seja de curta ou de
longa. Ainda não conseguimos na Olimpíada, porque é um processo mais
árduo – falou.
Para chegar ao objetivo de conquistar uma medalha em Jogos Olimpíadas,
Felipe França tem a solução: união entre os três atletas. Para ele,
antes de grandes competições, o trio deveria passar a treinar junto para
que “um puxe o outro” e os tempos melhorem ainda mais nas disputas fora
do país. Importante lembrar que, no nado peito, apenas as provas dos
100m e 200m são disputadas em Olimpíadas.
- Os Eua, a Inglaterra, a Austrália e outras grandes equipes do mundo se
reúnem três meses antes. Não é dar o glamour para os caras, mas eles
são a ponta da lança. Seria muito bom se a CBDA, que está muito unida
com a gente, ou o COB pudessem reunir esses três meses antes de uma
Olimpíada ou um Mundial. Essa troca de experiência, os treinos juntos
fortalecem demais a todos nós – disse.
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João Gomes disputou o José Finkel; foi prata no Campeonato Mundial (Foto: Satiro Sodré/SSPRESS/CBDA)
O planejamento, de acordo com Felipe, precisa passar pelos atletas
também. Segundo o experiente nadador, os companheiros de piscina
precisam ajudar a confederação na busca por melhores resultados.
- A gente recebe hoje um dinheiro que não é só para a gente investir em
apartamentos, carro. a gente recebe uma quantia que é para investir no
nosso trabalho que é a natação. então se a confederação não puder pagar
isso, os atletas tem que investir em um projeto bem feito para que todo
mundo cresça junto. Depois que a medalha vem, pode perguntar para o
João, tudo é recompensador – finalizou.
O Troféu José Finkel termina neste sábado. As disputas começam as 9h30
com as eliminatórias e as finais são sempre no período da tarde.
GLOBO ESPORTE
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