sábado, 12 de agosto de 2017

FRANÇA

França pede rivais juntos para fortalecer nado peito: “Trabalhar em unidade"

Nadador de peito, que ficou fora do Campeonato Mundial, sabe da força da categoria no Brasil: "Ainda não conseguimos na Olimpíada, porque é um processo mais árduo"

 
França pede rivais juntos para fortalecer nado peito: “Trabalhar em unidade 
 

Por João Paulo de Castro, Santos, São Paulo
Seja em piscina curta ou em piscina longa, o Brasil tem conquistado medalhas em internacionais nos 50m peito. Em 2014, em Doha, no Catar, Felipe França conquistou o ouro no Mundial em piscina curta. Em 2016, Felipe Lima conquistou nove medalhas nas etapas da Copa do Mundo, também em piscina curta. Mais recentemente, em Budapeste, João Gomes Júnior foi vice-campeão do mundo atrás apenas de Adam Petty, desta vez em piscina longa (mais importante). Um dos pilares do experiente trio de especialistas na prova, França pede que os três se unam para fortalecer ainda mais a modalidade.
 
 
Da trinca de favoritos, Felipe França é o único que não foi ao Mundial de Budapeste. No Troféu José Finkel, que é realizado na piscina da Unisanta, em Santos, ele venceu os dois rivais e conquistou a medalha de ouro. João Gomes e Felipe Lima ficaram com a prata e o bronze, respectivamente. Depois da prova, França falou sobre o domínio do trio nos 50m peito.  

Felipe Lima foi quarto no Mundial nos 50m peito (Foto: Satiro Sodré/SSPRESS/CBDA) 
 
 
 Felipe Lima foi quarto no Mundial nos 50m peito (Foto: Satiro Sodré/SSPRESS/CBDA)
- Um dia eu venço, no outro vence o João, na outra ganha o Lima. Isso é muito bom para a gente mesmo e para a nova geração que vai aparecer. A gente nunca saiu da beira do pódio em Mundiais seja de curta ou de longa. Ainda não conseguimos na Olimpíada, porque é um processo mais árduo – falou.
Para chegar ao objetivo de conquistar uma medalha em Jogos Olimpíadas, Felipe França tem a solução: união entre os três atletas. Para ele, antes de grandes competições, o trio deveria passar a treinar junto para que “um puxe o outro” e os tempos melhorem ainda mais nas disputas fora do país. Importante lembrar que, no nado peito, apenas as provas dos 100m e 200m são disputadas em Olimpíadas.


- Os Eua, a Inglaterra, a Austrália e outras grandes equipes do mundo se reúnem três meses antes. Não é dar o glamour para os caras, mas eles são a ponta da lança. Seria muito bom se a CBDA, que está muito unida com a gente, ou o COB pudessem reunir esses três meses antes de uma Olimpíada ou um Mundial. Essa troca de experiência, os treinos juntos fortalecem demais a todos nós – disse. 


João Gomes disputou o José Finkel; foi prata no Campeonato Mundial (Foto: Satiro Sodré/SSPRESS/CBDA) 


João Gomes disputou o José Finkel; foi prata no Campeonato Mundial (Foto: Satiro Sodré/SSPRESS/CBDA)
O planejamento, de acordo com Felipe, precisa passar pelos atletas também. Segundo o experiente nadador, os companheiros de piscina precisam ajudar a confederação na busca por melhores resultados.


- A gente recebe hoje um dinheiro que não é só para a gente investir em apartamentos, carro. a gente recebe uma quantia que é para investir no nosso trabalho que é a natação. então se a confederação não puder pagar isso, os atletas tem que investir em um projeto bem feito para que todo mundo cresça junto. Depois que a medalha vem, pode perguntar para o João, tudo é recompensador – finalizou.
O Troféu José Finkel termina neste sábado. As disputas começam as 9h30 com as eliminatórias e as finais são sempre no período da tarde.
 
 
GLOBO ESPORTE

 

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