Os investimentos em
publicidade no Brasil somaram R$ 61,9 bilhões no 1° semestre, o que
representa uma alta de 2% na comparação com o mesmo intervalo de
2016 (R$ 60,7 bilhões), de acordo com balanço divulgado nesta
segunda-feira (14) pela Kantar Ibope Media, que acompanha e monitora
os principais meios de comunicação do país.
O resultado, segundo o Ibope,
aponta para um indicativo de retomada, após os gastos dos
anunciantes com propaganda ter recuado 1,6% em 2016.
“Nos últimos cinco anos, em
torno de 47% do total de compra de mídia foi realizada na primeira
metade do ano. Portanto, se essa tendência se repetir, o resultado
que estamos projetando para o restante do ano irá superar os números
de 2016”, afirma Dora Câmara, diretora executiva comercial da
Kantar Ibope.
Setor farmacêutico e governos
puxam alta
Segundo o relatório, o
resultado do 1º emestre foi impulsionado pelo aumento dos
investimentos em publicidade feito pelos setores farmacêutico e
administração pública e social, cujos gastos aumentaram 28% e 35%,
respectivamente, na comparação com o 1º semestre do ano passado.
"Este resultado foi
alcançado pela presença mais intensa de campanhas da indústria
farmacêutica voltadas para o aparelho digestivo, gripes e
resfriados, tônicos, fortificantes e vitaminas; e pelas campanhas
públicas, que já ocupam os espaços publicitários, motivadas pela
proximidade com as eleições de 2018", destacou o Ibope.
O setor de comércio,
entretanto, continua liderando os gastos com publicidade no país,
apesar da redução de 4% na compra de espaço publicitário no 1º
semestre, totalizando R$ 10,7 bilhões. Na sequência, estão os
setores de serviços ao Consumidor, higiene pessoal e beleza,
financeiro e securitário, e farmacêutico.
Distribuição por meios
Entre os meios, a TV aberta e
TV por assinatura seguem como principal destino das verbas de mídia,
atraindo, respectivamente, 55,5% e 12,1% do total aplicado em compra
de espaço publicitário. Veja tabela mais abaixo.
Entre os meios monitorados,
Out of Home (OOH), que inclui mídia exterior como mobiliários
urbanos, e rádio apresentaram os maiores crescimentos no período:
26% e 21%, respectivamente.
O levantamento é resultado do
monitoramento do espaço ocupado em mais de 600 veículos, com base
nas tabelas de preço e sem considerar eventuais descontos
negociados.
A Kantar informou que
implantará no Brasil, a partir de 2018, uma tecnologia que permitirá
aumentar substancialmente a cobertura de veículos online, de forma a
aperfeiçoar o monitoramento do mercado digital. A metodologia atual
não inclui, por exemplo, os anúncios pagos no Facebook e no
YouTube.
Hypermarcas é o maior
anunciante no ano
A Hypermarcas desbancou o
laboratório mexicano Genomma no semestre, segundo o Ibope, assumindo
pela primeira vez a liderança no ranking de anunciantes, com
investimentos da ordem de R$ 1,59 bilhão, valor 102% superior ao
registrado na primeira metade do ano em 2016, quando ocupava a 6ª
posição no ranking.
A Unilever Brasil aparece em
terceiro, seguida por Ambev e P&G, que apresentaram 37% e 4% de
crescimento, respectivamente. A Trivago (7ª), a Caixa (9ª) e a
Claro (10ª) completam o top 10.
Entre os 10 maiores
anunciantes no período, quatro são do segmento farmacêutico: além
da Hypermarcas, a Genomma está na vice-liderança, a Ultrafarma vem
em 6º lugar e a Divcom Pharma Nordeste ocupa a 8ª posição.
Setor de comércio segue na
liderança nos gastos com publicidade no Brasil (Foto: Divulgação)
Hypermarcas lidera ranking de
maiores anunciantes no semestre (Foto: Divulgação)Hypermarcas
lidera ranking de maiores anunciantes no semestre (Foto: Divulgação)
Hypermarcas lidera ranking de
maiores anunciantes no semestre (Foto: Divulgação)
TV aberta e TV por assinatura
seguem como principal destino das verbas de mídia (Foto: Divulgação)
G1
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