segunda-feira, 28 de agosto de 2017

CIÊNCIAS

Cientistas desvendam segredos de 

ave extinta há três séculos


Os dodôs foram vistos pela última vez nas Ilhas Maurício


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A partir de um novo estudo sobre a ave "dodô", cientistas estão próximos de descobrir como viviam esses pássaros que entraram em extinção há três séculos. A ave, que não era capaz de voar, foi vista pela última vez em 1662, nas Ilhas Maurício, no continente africano. Até hoje, sabe-se muito pouco sobre o animal.
A pesquisadora Delphine Angst, da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, recebeu amostras de ossos de 22 dodôs que estavam preservados em museus e coleções. Com isso, sua equipe fez uma análise no microscópio para entender sobre os padrões de evolução e crescimento da ave.
"Antes do nosso estudo, a gente conhecia muito pouco sobre esses pássaros. Fazendo a histologiado tecido ósseo pela primeira vez, podemos dizer que esse pássaro se reproduzia em determinada época do ano e fazia a muda (troca de penas) logo em seguida", disse a especialista.


A pesquisa indicou que os filhotes de dodôs atingiam o tamanho adulto rapidamente, além de mostrar que os ovos eram chocados por volta do mês de agosto.
Relatos de marinheiros do século 17 divergiam sobre as característica da ave dodô, pois alguns afirmavam que ela tinha penas "negras aveludadas", já outros citavam "plumas onduladas de cor acizentada". Segundo Angst, o estudo provou que ambas teorias estavam corretas.
"O dodô era um pássaro marrom-acinzentado e, durante a muda, apresentava uma plumagem negra e aveludada. O que descobrimos usando métodos científicos se encaixa perfeitamente nos registros de marinheiros da época", comentou.
Os estudos deram pistas sobre a extinção do animal, há cerca de 350 anos, menos de 100 anos após a chegada dos primeiros humanos na ilha.
Além da caça feita pelos humanos ser um fator determinante para o desaparecimento da espécie, outros animais, como veados, macacos ou porcos, também contribuíram para a extinção. Os dodôs colocavam seus ovos em ninhos no chão, ficando vulneráveis ao ataque de mamíferos selvagens.
Angst sugere que o dodô é "um grande ícone de extinção induzida por animais e humanos", mesmo que ainda o motivo a extinção seja desconhecido.

AGÊNCIA ANSA


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