Curso de processamento de frutas leva capacitação para comunidades
29/08/2017 17:10h
“É muito gratificante concluir este curso, porque eu sou artesã e sempre tive vontade de aprender a fazer doces, geléias e licores. Na minha comunidade eu sempre vejo os feirantes descartando frutas, mas, depois desse curso eu posso orientá-los a não estragar mais esses alimentos que são tão essenciais para o nosso organismo. Eu e outros alunos já estamos montando uma pequena empresa para comercializar o que produzimos durante e depois do curso”, conta Telma Reis, uma das participantes do curso “Frutificando Saberes e Sabores no Campo”, ofertado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater).
Nesta terça-feira (29), último dia do curso, foi montada uma mesa no pátio do Núcleo de Articulação e Cidadania (NAC), sediado no Palácio do Governo, em Belém, para degustação dos produtos feitos a partir dos conhecimentos repassados durante o curso. As geléias de açaí e de cupuaçu com castanha-do-Pará fizeram sucesso entre os visitantes.
Para a instrutora do curso, Margarete Salomão, é gratificante ver o resultado na vida dos alunos. “Trabalhamos com uma turma bem diversificada, e com alunos muito dedicados. É importante destacar a importância sustentável de um curso como esse, que orienta as pessoas a aproveitarem totalmente as frutas disponíveis no nosso estado. Infelizmente hoje em dia ainda vemos um enorme desperdício de alimentos em geral”.
O curso de processamento de frutas foi realizado na Unidade Móvel do Senai, que foi levada ao estacionamento da Casa Civil, e garantiu toda a estrutura para a aulas. Os alunos aprenderam as boas práticas de fabricação somadas a noções de microbiologia, higiene pessoal e ambiental, além de perigos químicos, físicos e biológicos nos alimentos. Eles também produziram polpas, doces, compotas, geléias e licores de frutas, além de receber noções sobre a montagem de uma agroindústria, apresentação, rotulagem e registro do produto. O curso foi realizado entre os dias 16 e 29 de agosto, com turmas pela manhã e tarde.
A capacitação tem o intuito de promover e apoiar ações que fortaleçam a cadeia produtiva das frutas resultando na apresentação de produtos diversificados a partir do aproveitamento das frutas locais. Busca também o uso de processos tecnológicos adequados que propiciem a melhoria da qualidade dos alimentos, além de gerar renda.
“É muito importante para nós ver o resultado desse curso na vida dos alunos que fizeram parte de mais essa capacitação. Ele também é um incentivo para o empreendedorismo dessas pessoas, que às vezes estão sem ocupação e sem renda”, afirma a assessora técnica do NAC, Alina Lisboa.
Na próxima segunda-feira (04) serão entregues os certificados para os alunos que concluíram o curso de Processamento de Frutas e o projeto Cultivando Flores e Vidas. Na mesma ocasião será ministrada uma palestra sobre empreendedorismo, cooperativismo e associativismo, e linhas de créditos; ministrada pela coordenadora de desenvolvimento de cooperativismo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Governo do Pará (Sedeme), Mônica Marques, das 8h30 às 14h, no auditório da Casa Civil.
“Sempre que realizamos projetos com o NAC, buscamos oferecer o melhor para todos. E é muito gratificante ver uma turma como essa já sair daqui com objetivos de montar seu próprio negocio e expandir tudo o que foi aprendido durante o curso. Trabalhar com alimentos requer um cuidado especial, e o curso de processamento de frutas veio justamente para isso: promover o reaproveitamento”, declarou a diretora geral do NAC, Daniele Khayat.
O curso de processamento de frutas foi desenvolvido por meio do projeto Cozinha Sustentável, do Núcleo de Articulação e Cidadania, do Governo do Estado, em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), com o apoio do projeto “Frutificando Saberes e Sabores no Campo”, realizado pelo Senai, Senar e Emater.
(Colaboração: Jessica Almeida)
Por Erika Torres
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