Candidato governista e Cristina Kirchner empatam em primária legislativa na Argentina; nova contagem pode demorar 10 dias
Com 95,58% dos votos da província de Buenos Aires, Esteban Bullrich teve 34,19% e Cristina Kirchner 34,11%.
Por G1
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Cristina Kirchner cumprimenta apoiadores nesta segunda-feira (14) após apuração provisória das primárias legislativas na Argentina (Foto: Reuters/Marcos Brindicci)
A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner ficou empatada com Esteban Bullrich, o candidato do governo do presidente Mauricio Macri, nas eleições primárias para o Senado na província de Buenos Aires, com quase todos os votos apurados. O resultado final será definido em até 10 dias, após uma nova contagem.
A eleição, realizada neste domingo, é vista como um teste para um possível retorno da esquerda e o fim da agenda reformista de Macri.
Com 95,58% dos votos da província de Buenos Aires --que abriga quase 40% do eleitorado argentino-- apurados, a coalizão liderada por Bullrich teve 34,19%, enquanto Cristina recebeu 34,11% dos votos. A diferença foi de apenas 6.915 votos.
O Ministério do Interior indicou que há um "empate técnico" entre os dois candidatos e que o resultado final será definido por uma nova contagem, que a Justiça Eleitoral deverá iniciar nesta terça.
Os 4% finais da apuração provisória, feita pela empresa espanhola Indra e que não tem caráter legal, não continuarão a ser contados, e o resultado completo e definitivo deve sair em até 10 dias.
Adrián Pérez, secretário de Assuntos Políticos e Institucionais do Ministério do Interior, disse que essa quantidade de votos que não será apurada é "normal" em toda apuração provisória.
Kirchner comemorou o empate como uma vitória e denunciou uma "vergonha" pela demora na apuração. "Ganhamos", declarou, às 4 da manhã, após uma apuração acirrada. Os kirchneristas denunciaram irregularidades na contagem dos votos.
Na Argentina, a primárias abertas, nas quais a maioria dos partidos políticos postulam um único candidato, funcionam na realidade como um teste de aprovação da atual gestão e à eleição que será no dia 22 de outubro e renovará metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado.
Plebiscito à gestão Macri
A votação foi de fato um plebiscito à gestão do governo no território argentino. O macrismo superou o opositor peronismo em grandes distritos como Cidade de Buenos Aires (49% a 20%), assim como nas províncias de Mendoza (41% a 33%) e Córdoba (46% a 28%).
Macri, de 58 anos, comemorou o resultado no domingo à noite na sede da frente governamental 'Cambiemos' (aliança da direita liberal e de social-liberais), ao lado de seus partidários. Mas ele admitiu que "os 19 meses (de governo) têm sido difíceis".
"Se existisse alguma maneira de não aumentar as tarifas, a teria adotado. Mas o risco era ficar sem luz, gás, água e transporte", disse. A oposição fez campanha contra os "tarifaços", a elevada inflação e o desemprego.
Mas o kirchnerismo reverteu uma desvantagem e aparecia na frente da estratégica Santa Fé (27,58% a 27,55%), com 95% das urnas apuradas.
G1
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