Telefônica diz que Brasil pode ir "muito mais rápido" em sua digitalização
Michel Temer recebe o presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy (Foto: Beto Barata/PR/Fotos Públicas) |
O presidente executivo da Telefônica, José María Álvarez-Pallete, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil pode seguir "muito mais rápido" na implementação de uma agenda digital que permita a melhora da posição do país no setor das telecomunicações."Pode ir muito mais rápido, por isso trabalhamos com o Ministério (de Ciência e Tecnologia) para tentar desenvolver uma agenda digital para que o Brasil vá ainda mais rápido", declarou Álvarez-Pallete durante o I Fórum Espanha-Brasil, realizado em São Paulo.Para ele, há uma "oportunidade enorme" no Brasil a respeito da economia digital, que responde por "5% do PIB (Produto Interno Bruto)" do país e criou "meio milhão de empregos".
Neste sentido, Álvarez-Pallete destacou a importância do mercado brasileiro para a Telefônica, pois, dos "350 milhões de clientes que tem no mundo, 100 milhões estão no Brasil", onde a companhia opera através da marca Vivo, o que representa 25% do faturamento de todo o grupo."Não se entende Telefônica sem o Brasil ", frisou.O presidente da Telefónica ressaltou que, nos últimos 20 anos, a companhia investiu "60 bilhões de euros no Brasil" e que aplicará outros "24 bilhões" em redes nos próximos anos."O Brasil está muito bem situado, mas sentimos que podemos levá-lo ao lugar que lhe corresponde", acrescentou.
Para Álvarez-Pallete, o mundo vive "a maior revolução na história da humanidade", e por isso "todos os modelos de negócio serão alterados" pela digitalização."Temos que ver que empregos queremos ter, que formação será dada às pessoas e uma política educativa diferente, para além de um sistema impositivo que reconheça a nova realidade do mundo digital. Há que facilitar a transição a um novo modelo", opinou.Por sua vez, o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse em seu discurso que tanto o "Brasil como a Espanha têm no investimento feito em pesquisa, ciência e tecnologia uma grande parte da solução para os problemas econômicos" que enfrentam.A secretária de Estado de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Espanha, Carmen Vela, destacou que Brasil e Espanha podem "aprender muito" nesse âmbito.
"Nossas empresas não dedicam a pesquisa, desenvolvimento e inovação os mesmos recursos que outros países, e isso nos provoca um desequilibrio", comentou.
Para ela, é preciso fazer com que "a pesquisa se converta em serviços, produtos e soluções para as pessoas, e isso há que ser feito rápido e juntos".O I Fórum Espanha-Brasil acontece nesta segunda-feira em São Paulo com a participação de representantes dos governos, empresas e sociedade civil dos dois países, com o objetivo de desenvolver as relações bilaterais e reforçar sua visão de parceiros estratégicos.O evento será fechado nesta noite pelo presidente do Governo espanhol, que de manhã foi recebido em Brasília pelo presidente Michel Temer.
Fonte: EFE
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