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Eleições na França: homem segura cédula eleitoral para votar no primeiro turno (REUTERS/Christian Hartmann/Reuters)
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As eleições francesas podem ser vistas como um novo capítulo na sequência da megaeleição global que começou em junho de 2016 com o Brexit – o voto favorável à saída do Reino Unido da UE –, continuou com a vitória de Trump em novembro do mesmo ano e prossegue na França.
Onze candidatos concorrem no primeiro turno neste 23 de abril. Desses, e a menos que alguém supere os 50% dos votos, coisa muito improvável, os dois mais votados passarão ao segundo turno, em 7 de maio. Daí sairá o homem ou mulher que comandará a França nos próximos cinco anos.
A ida ao segundo turno é disputada entre quatro candidatos, de acordo com as pesquisas. Dois deles propõem reformas mais ou menos intensas no chamado modelo francês, mas não questionam o sistema econômico vigente, a posição internacional da França e seu pertencimento à União Europeia. São o centrista Emmanuel Macron – ex-banqueiro e ex-ministro da Economia, e candidato do Em Marcha!, um partido novo criado sob medida para ele – e François Fillon, ex-primeiro-ministro e candidato do partido Os Republicanos, o grande partido da direita tradicional.
Os outros dois candidatos em disputa querem preservar o modelo social francês e recuperar a soberania perdida, mas seus programas, de ideologias diametralmente opostas, causariam uma ruptura sistêmica em níveis diferentes. Marine Le Pen, herdeira da ultradireita da Frente Nacional, ameaça retirar a França do euro e da União Europeia. Jean-Luc Mélenchon, representante da nova esquerda do partido A França Insubmissa, aliada do espanhol Podemos, entre outros movimentos, inclui em seu programa a ameaça de retirar a França da UE se esta não mudar ao seu gosto. Promete também sair da OTAN.
Fonte: EL País
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