quinta-feira, 20 de abril de 2017

ESPORTES

Fluminense derrota o Goiás e avança na Copa do Brasil
No Maracanã, tricolor domina a partida e faz 3 a 0 com Henrique, Nogueira e Pedro

Nogueira ergue a mão aos céus e comemora com Richarlison e Pedro o segundo gol do Fluminense Foto: Marcelo Theobald


Nogueira ergue a mão aos céus e comemora com Richarlison e Pedro o segundo gol do Fluminense - Marcelo Theobald
 
 

Não se trata de comparar qualidade dos jogadores, relevância global da competição, dinheiro investido ou quantidade de público no estádio. Dito isto, para que fique claro que se guardam todas as devidas proporções, o Maracanã viu nesta quarta-feira, horas depois de Barcelona x Juventus, uma versão brasileira do confronto de ideias. Um time disposto a usar todos os recursos para defender um placar, outro se colocando campo rival adentro para tentar construir. Mas a retranca do Goiás durou 57 minutos, porque não é sempre que um time verá a bola rondar sua área o tempo todo impunemente.
Do gol de Henrique em diante, os caminhos se abriram, o lateral Tony foi expulso e o tricolor venceu justamente por 3 a 0, garantindo vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil.
Não é simples furar um muro. E, no futebol de hoje, defesas tão fechadas têm criado uma armadilha: induzem quem ataca a cruzar bola atrás de bola sobre a área. Ironias do jogo, foi pelo alto que o Fluminense fez seus dois gols, após se fartar de ver defensores goianos rebaterem bolas. O Fluminense caía na tal armadilha.
Havia um plano, que passava pelos lados do campo. Wellington e Richarlison, em tese os pontas, repetidas vezes buscavam uma posição mais ao centro, junto a Pedro. Concentravam os quatro jogadores da defesa do Goiás e tentavam abrir o corredor. Tudo teria ficado mais fácil se a primeira grande chance, surgida justamente pelo lado, não acabasse no pênalti perdido por Sornoza. O Goiás se acomodou no enredo de jogo que imaginava.



Henrique comemora entre Richarlison e Nogueira o primeiro gol do Flu - Marcelo Theobald
Em futebol, nem sempre velocidade e pressa são amigas. Contra um muro, o Fluminense por vezes corria precipitadamente na direção do gol quando o jogo pedia um tanto de pausa, circulação da bola de um lado a outro até que se abrisse o espaço. O duro é que, em jogos assim, ele surge muito mais pelos lados do que pelo centro. Quando se impacientava por não achar brechas, o Fluminense insistia em cruzar da intermediária, com menos chance para os atacantes. Mesmo assim, viu Wellington perder gol incrível.
Henrique tentava se converter em outro armador, fazendo a saída de bola e tentando desequilibrar a marcação do Goiás. Mereceu o primeiro gol. Que surgiu por outra destas ironias do jogo. Uma bola parada ofensiva fez o Goiás avançar e dar o primeiro contra-ataque ao Fluminense. Dele, surgiram dois escanteios. Do segundo, veio a cabeçada de Henrique em cruzamento de Marquinhos Calazans, opção de Abel no intervalo.
O Goiás não tinha mais plano, mais desorientado ainda após outro córner e outro gol tricolor, este de Nogueira. Após o pontapé desclassificante de Tony em Wellington Silva, os espaços para a velocidade do Fluminense ficaram mais generosos. Em arrancada de Wellington, Pedro fez o terceiro.


FLUMINENSE 3X0 GOIÁS
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Raphael Claus (Fifa/SP)
Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (Fifa/SP) e Alex Ang Ribeiro (SP)
Renda/Público: 20.062 presentes, 17.974 pagantes. R$ 506.725,000
Cartões amarelos: Nogueira e Orejuela (FLU); Victor Bolt e Tiago Luís (GOI)
Cartão vermelho: Tony (GOI).
GOLS: Henrique, Nogueira e Pedro (FLU)
FLUMINENSE: Júlio César; Lucas, Nogueira, Henrique e Léo (Calazans); Orejuela, Douglas (Wendel) e Sornoza; Wellington Silva, Richarlison (Marcos Jr) e Pedro - T: Abel Braga


Banco do Flu: Marcos Felipe, Felipe, Frazan, Renato, Marquinhos Calazans, Wendel, Marquinho, Marcos Junior e Maranhão.
GOIÁS: Marcelo Rangel; Tony, Fábio Sanches (David), Everton Sena e Jefferson; Toró, Victor Bolt (Michael), Léo Sena e Tiago Luís (Juan); Aylon e Léo Gamalho

Fonte: O Globo

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