Lixo na região metropolitana é tema de sessão na Câmara de Ananindeua
Vereadores devem realizar visita técnica ao aterro sanitário de Marituba.
Protesto de moradores impediu coleta de lixo na Grande Belém.
Após nova interdição do acesso ao aterro sanitário de Marituba, lixo doméstico se acumulou em diversas ruas de Ananindeua, na região metropolitana de Belém. (Foto: Thaís Rezende/ G1)
A Câmara Municipal de Ananindeua realiza na manhã da próxima terça-feira (21) uma sessão especial para discutir a coleta, triagem, destinação e reciclagem do lixo na região metropolitana de Belém.
“Os moradores alegam que a Central de Tratamento e Processamento de Resíduos, sob responsabilidade da empresa Revita, vem trazendo problemas como forte odor, prejuízos à saúde e contaminação do meio ambiente. Além disso, segundo inspeção da OAB, o lixão é insustentável e nunca deveria ter sido iniciado. Precisamos discutir isso”, explica o vereador Breno Mesquita, que propôs a sessão e esclareceu ainda que o objetivo é respaldar os vereadores para uma visita técnica ao aterro sanitário localizado em Marituba.
De acordo com a Câmara de Ananindeua, foram convidados os prefeitos de Ananindeua, Belém e Marituba, além de vereadores e secretários de Urbanismo, Saneamento e Meio Ambiente das três cidades. Também foi pedida a presença de convidados deputados estaduais e federais, entidades como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e associações de catadores e recicladores, e ainda empresas envolvidas no processo de coleta e destinação do lixo.
"Crise" do lixo
No final da manhã do último sábado (18), homens da Polícia Militar foram ao aterro sanitário de Marituba para dar apoio ao cumprimento da decisão judicial expedida na última sexta-feira (17), em Ananindeua, que obrigava os manifestantes a liberaram o acesso ao aterro sanitário localizado no município que integra a região metropolitana de Belém. Essa foi a segunda vez que moradores da cidade interditaram a via em protesto, afetando toda a coleta de lixo doméstico e hospitalar produzido na Grande Belém.
No final da manhã do último sábado (18), homens da Polícia Militar foram ao aterro sanitário de Marituba para dar apoio ao cumprimento da decisão judicial expedida na última sexta-feira (17), em Ananindeua, que obrigava os manifestantes a liberaram o acesso ao aterro sanitário localizado no município que integra a região metropolitana de Belém. Essa foi a segunda vez que moradores da cidade interditaram a via em protesto, afetando toda a coleta de lixo doméstico e hospitalar produzido na Grande Belém.
A principal reclamação dos manifestantes é com relação aos problemas de saúde que o aterro sanitário tem causado. Eles afirmam que o governo havia prometido atendimento médico e o cumprimento de 20 medidas ambientais para solucionar a questão, mas até o momento nenhum prazo foi dado e nem os problemas resolvidos.
De acordo a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), já houve um diálogo com a comunidade e lideranças, em que foram pontuadas as questões que envolvem saúde. "Então, é o momento da gente verificar juntamente com a comunidade o que realmente está acontecendo, quais desses itens não foram cumpridos, até porque o Estado vem pontuando com eles e constantemente está em campo", afirmou Thales Belo, secretário adjunto da Semas.
"A gente vai ter que conversar com as autoridades municipais para poder verificar qual atuação imediata, ou seja, o que que o Estado, o que que os municípios precisam fazer para que a população não tenha esse retorno negativo", disse ainda o secretário.
Em nota, a Guamá Tratamento de Resíduos, empresa responsável pelo aterro de Marituba, informou que assim que a pista for totalmente desbloqueada o empreendimento volta a operar. A empresa disse também que atua no avanço das políticas públicas de saneamento e gestão de resíduos e entende que esse debate precisa ser ampliado em busca de qualidade de vida dos moradores de Marituba, Belém e Ananindeua. A companhia ainda informou que está investindo mais de R$ 10,3 milhões nas medidas definidas diminuir os impactos a comunidade local.
FONTE: G1 PARÁ
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