Nunes é suspenso por seis jogos, e demais envolvidos em briga por três
Atacante Nunes, do Brasiliense, recebeu a maior punição por briga no clássico: seis jogos (Foto: Fabrício Marques) |
O Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal (TJD-DF) decidiu nesta terça-feira, em sessão de mais de 6h de duração, pela suspensão de três jogos para nove dos 10 jogadores expulsos pela pancadaria do clássico entre Gama e Brasiliense, no último dia 12 de março, pela 9ª rodada do Candangão. O único atleta que recebeu punição maior foi o atacante Nunes, do Jacaré, que pegou gancho de seis jogos - três em cada artigo citado -, por ser protagonista do lance que dá origem ao tumulto, em que atinge o adversário Dudu Gago, do Alviverde, em disputa de bola no alto.
Além das punições aos atletas, o Tribunal também puniu o Gama, que recebeu o jogo, com a perda de cinco mandos de campo e multa de R$ 33 mil por não ter conseguido garantir a segurança do evento. Já o Brasiliense foi multado em R$ 11 mil por conta da invasão de campo de sua torcida, mesmo como visitante.
Nunes pega gancho maior
Acusado
pelo procurador de atingir Dudu Gago com uma cotovelada e dar início ao
tumulto, o atacante Nunes foi o único jogador denunciado em dois
artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). No primeiro
(artigo 254-A), por agressão ainda durante o jogo, passível de suspensão
de quatro a 12 jogos, e no segundo (artigo 257), por participar da
briga, com punição de seis a 10 partidas. - Não comecei a briga, não dei cotovelada. Foi uma disputa de bola no alto, lance de jogo. Tanto é que o árbitro no lance nem falta deu, não citou nenhuma cotovelada na súmula - se defendeu o jogador.
Os argumentos, porém, não convenceu totalmente o relator, que manteve punição ao atleta pelo lance, citando, inclusive, seu histórico de polêmicas da carreira. No entanto, Nunes foi enquadrado por jogada violenta e não agressão, tendo a suspensão reduzida para três partidas. Um dos auditores ainda chegou a votar pela não punição do atacante neste quesito, mas foi derrotado por 4 a 1.
Além das três partidas pela jogada violenta, Nunes também foi punido por participar da briga. O procurador pedia de seis a 10 jogos de suspensão para todos os 10 atletas expulsos pelo árbitro (artigo 257), mas o relator acatou parte da demanda dos advogados e enquadrou todos no artigo 258, com punição de um a seis jogos (conduta contrária à disciplina). A opção foi por três partidas de suspensão para cada. No caso de Nunes, as penas foram somadas e o gancho chegou a seis jogos.
Os outros jogadores suspensos por três partidas pela confusão foram: Dudu Gago, Maringá, Roberto Pitio, Eduardo, Paulinho e Raoni, todos do Gama, além de Gabriel, Elcarlos e Nikael, do Brasiliense.
Como todos os atletas já cumpriram suspensão automática, ficarão de fora por apenas mais dois jogos. Para os atletas do Gama, voltam na última rodada da fase de classificação, quando o time enfrentará o Real FC. Já os do Brasiliense, que tem dois jogos a mais que o rival na tabela, os atletas só serão liberados para a segunda partida das quartas de final. No caso de Nunes, caso a suspensão de seis jogos seja mesmo mantida, o atacante só voltaria a atuar no Candangão caso o Jacaré alcance a final.
- Achei justa a punição. Realmente ocorreram muitos conflitos dentro de campo. Fica meu arrependimento, somos seres humanos, todo mundo erra. Errei agora e vou focar para não errar mais. Mas agora é trabalhar essa semana e a próxima e focar na sequência do campeonato - afirmou o atacante Roberto Pitio, do Gama, um dos artilheiros do campeonato.
clubes escapam de multas maiores
Mas também houve punições. Mandante do jogo, o Gama foi enquadrado no artigo 213 do CBJD por não ter garantido a segurança do evento e terá que receber cinco partidas longe do Estádio Bezerrão, que, inclusive, está interditado por tempo indeterminado pelo mesmo TJD-DF. Uma das opções para o Periquito será levar suas partidas para o Estádio Mané Garrincha. O Gama ainda foi multado em R$ 33 mil.
Já o Brasiliense também recebeu uma multa de R$ 11 mil por conta do mesmo artigo. Os auditores entenderam que o Jacaré não colaborou para impedir que seus torcedores invadissem o campo para brigarem com a torcida do Gama.
Fonte: GE
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