domingo, 29 de janeiro de 2017

POLÍTICA

Após protestos, Rui Falcão defende candidatos de oposição no Congresso

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O presidente do PT, Rui Falcão, e o ex-presidente Lula Foto: Reprodução Jornal GGN



Uma semana depois de recomendar a celebração de um acordo com partidos da base do governo Temer, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendeu, neste domingo (29), o lançamento de candidatos da oposição para a presidência da Câmara e do Senado.Seguida sua orientação, o PT ficará fora dos postos-chave da Mesa Diretora da Câmara e do Senado, mesmo que detenha a segunda maior bancada das duas Casas. O partido deverá lançar o nome do deputado Paulo Teixeira (SP) para a presidência da Câmara. 
"Minha opinião pessoal é que nos unamos aos parlamentares da oposição (PDT, PC do B, Rede e PSol) num bloco a ser encabeçado(a) por alguém deste campo", afirma.Na sexta-feira (20), o Diretório Nacional do PT aprovou, por 45 a 30 votos, texto apresentado por Falcão. O documento autorizava o"prosseguimento das conversações que vinham se realizando pelas bancadas, com todos os postulantes à direção das Casas" do Parlamento.Após derrota dentro do partido, militantes de uma ala partidária chamada "Muda PT" lançaram-se numa campanha nas redes sociais. Em artigo publicado neste domingo, na página do PT, Falcão afirma que o partido "está vivendo um clima de congresso (interno)".
"Minha opinião pessoal é que nos unamos aos parlamentares da oposição (PDT, PC do B, Rede e PSol) num bloco a ser encabeçado(a) por alguém deste campo", afirma.Na sexta-feira (20), o Diretório Nacional do PT aprovou, por 45 a 30 votos, texto apresentado por Falcão. O documento autorizava o"prosseguimento das conversações que vinham se realizando pelas bancadas, com todos os postulantes à direção das Casas" do Parlamento.Após derrota dentro do partido, militantes de uma ala partidária chamada "Muda PT" lançaram-se numa campanha nas redes sociais. Em artigo publicado neste domingo, na página do PT, Falcão afirma que o partido "está vivendo um clima de congresso (interno)".

O texto de Falcão conta ainda que a tática de aliança com partidos governistas foi submetida ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva."Quando da eleição do novo líder do PT na Câmara –os deputados Carlos Zarattini, para este ano, e Paulo Pimenta, para 2018– a Bancada acordou que o grupo Muda PT indicaria o cargo na Mesa que coubesse ao PT.Foi então constituída uma comissão de 12 parlamentares, coordenada pelo líder, incumbida de dialogar com os pretendentes à Presidência, apresentar nossos pleitos legítimos e buscar assegurar, na condição de segunda maior Bancada, a proporcionalidade na Mesa e a participação em comissões importantes", relata Falcão.No artigo, Falcão afirma que não houve uma consulta formal a todos os filiados do partido. Mas, após as manifestações nas redes sociais, passou a defender candidatura de oposição. 
Inconformados com a atitude dos parlamentares do "Muda PT", os integrantes da CNB (Construindo Novo Brasil) vão delegar aos opositores do acordo a tarefa de escolher um candidato para a presidência das duas Casas.A ideia é lançar o nome de Paulo Teixeira (SP) na Câmara e Lindbergh Farias, no Senado.ÍNTEGRA DO ARTIGOO PT está vivendo um clima de Congresso. O 6o Congresso abriu as comportas para o debate de ideias, para a livre expressão das bases, para o florescimento de novas propostas, para o livre curso da luta política, a qual, quando fraterna e leal, vivifica e nos fortalece para militar, na melhor tradição que vimos cultivando nestes 37 anos.E este clima de Congresso estende-se com maior intensidade e amplitude nas incontáveis manifestações de militantes a respeito da tática que nossas bancadas devem seguir na eleição das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Elas percorreram as redes na Internet –uma comunicação livre que é "a prática mais subversiva de todas" e que empodera seus mensageiros–, mobilizaram presidentes de diretórios, parlamentares, tendências organizadas... Enfim, uma mobilização cujo objetivo é questionar a resolução do Diretório Nacional, aprovada no dia 20 de janeiro último, e que orienta nossas deputadas, deputados, senadoras e senadores a se posicionarem na sucessão da direção das duas Casas.É verdade que a divergência em torno da melhor tática parlamentar vinha de antes, motivada pela conjuntura inaugurada pelo golpe, razão pela qual a Comissão Executiva e o Diretório Nacional decidiram pautar o tema que, antes do impeachment, era tratado predominantemente no âmbito das Bancadas.
Quando da eleição do novo líder do PT na Câmara –os deputados Carlos Zarattini, para este ano, e Paulo Pimenta, para 2018– a Bancada acordou que o grupo Muda PT indicaria o cargo na Mesa que coubesse ao PT. Foi então constituída uma comissão de 12 parlamentares, coordenada pelo líder, incumbida de dialogar com os pretendentes à Presidência, apresentar nossos pleitos legítimos e buscar assegurar, na condição de segunda maior Bancada, a proporcionalidade na Mesa e a participação em comissões importantes.Antes de chegar à reunião do DN, os membros da comissão dialogaram com o presidente Lula, informaram e posicionaram-se perante a CEN e, finalmente, no DN.A Resolução do DN, vale lembrar, afirma claramente: "as Bancadas do PT, que não aceitam, não transigem e não reconhecem o governo golpista nem qualquer outro que não seja legitimado pelo voto popular, continuarão atuando, em conjunto com outros partidos e parlamentares, em oposição a todas as propostas regressivas do Executivo e seus aliados".Além disso, reitera nossa disposição de nos opormos ao governo usurpador e a todos os projetos antipopulares, antinacionais e de supressão de direitos, dentro e fora do Congresso Nacional.
Entretanto, é verdade que não há vetos, no documento aprovado, ao prosseguimento das conversações que vinham se realizando pelas Bancadas, com todos os postulantes à direção das Casas congressuais. Eis aí o foco principal da divergência que, a nosso ver, provocou o movimento de contestação e de pressão sobre as Bancadas, a quem competirá a decisão final, por consenso ou maioria.Não há tempo de promover, agora, uma consulta a toda a militância petista e a nossos milhares de simpatizantes para aferir maiorias ou minorias, tal como ocorreu nos episódios do Colégio Eleitoral e do plebiscito de 1993.O fato é que o protesto tem audiência, repercussão e deve ser ouvido pelos parlamentares.Por isso, e por entender que a resolução do DN também prevê esta alternativa, minha opinião pessoal é que nos unamos aos parlamentares da oposição (PDT, PC do B, Rede e PSol) num bloco a ser encabeçado (a) por alguém deste campo.
E que o voto das nossas Bancadas se paute pelos compromissos enunciados pelo PT, expressando publicamente, de forma unitária e transparente, a razão da escolha.Tenho convicção de que, desse modo, o entusiasmo da militância se propagará em todas as frentes de luta: na defesa do companheiro Lula e de sua futura candidatura a presidente; no enfrentamento da malsinada reforma da Previdência; no combate à regressiva reforma trabalhista; na luta pela antecipação das eleições diretas; e, não menos importante, na sua inestimável contribuição ao sucesso do 6o Congresso do PT. 

Fonte: Folha de S. Paulo













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