MUNDO

Trump assina decreto retirando EUA da Parceria Transpacífico

Foto:Saul Loeb/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva retirando o país da Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês). “É uma coisa boa para os trabalhadores americanos”, afirmou Trump, enquanto assinava o documento.

O fim da TPP foi uma promessa de campanha de Trump. Ele argumentou que as parcerias comerciais com outros países estavam prejudicando a contratação de trabalhadores americanos.Depois de encerrar o TPP, o governo informou que fará acordos diretamente com os outros 11 integrantes no TPP, um grupo que representa 13,5% da economia global, conforme dados do Banco Mundial.'Estúpidos'Trump qualificou os acordos multilaterais de comércio como estúpidos e impôs condições para empresas americanas que anunciaram a transferência de negócios para outros países.“Vamos colocar muitas pessoas para trabalhar e parar com esses estúpidos acordos multilaterais de comércio”, afirmou Trump, durante encontro com líderes sindicais na Casa Branca.“As companhias que deixaram o país terão de voltar e contratar várias pessoas. E inconcebível para mim que isso tenha acontecido”, continuou. “Eu não culpo [o ex-presidente Barack] Obama. Isso vem acontecendo há muitos anos, há décadas. Mas não vai mais acontecer.”

Empregos

O secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, informou que os acordos bilaterais só serão assinados se gerarem benefícios aos trabalhadores americanos.“Isso foi um ato simbólico de uma nova era de política comercial”, afirmou Spicer. 

“O presidente vai colocar a América em primeiro lugar e mostrar ao resto do mundo como vamos negociar os acordos. Vamos querer obter benefícios desses acordos. Temos de ter certeza de que eles vão beneficiar os trabalhadores americanos.”De acordo com o porta-voz, a maneira de avaliar esses benefícios será verificar se eles ajudarão os trabalhadores dos EUA, principalmente na criação de empregos.“A prioridade do presidente é manter os empregos dos americanos”, ressaltou. “Quando você olha para os acordos multilaterais, eles não estão de acordo com os interesses dos Estados Unidos.

 Eles não colocam o interesse dos americanos em primeiro lugar”, continuou.Spicer disse ainda que os acordos multilaterais permitem que outros países tenham as mesmas condições de acesso ao mercado americano e isso pode prejudicar a criação de empregos no país.

Fonte: Valor