No Sudão do Sul, Conselho de Segurança fala em crise arrasadora
Embaixadores do órgão manifestam enorme preocupação com o país; missão deve durar três dias; conflitos começaram na capital Juba em julho, colocando a nação numa crise política e de segurança.
Embaixadores Samantha Power, dos Estados Unidos, e Fodé Seck, do Senegal, desembarcam em Juba, no Sudão do Sul. Foto: Unmiss
Os membros do Conselho de Segurança expressaram esta sexta-feira "enorme preocupação" ao chegarem no Sudão do Sul. Os embaixadores vão checar de perto o que foi descrito como uma "crise humanitária arrasadora".
A missão do Conselho de Segurança no país mais novo do mundo vai durar três dias. A viagem inclui visitas aos centros de proteção aos civis, coordenados pela Missão da ONU no Sudão do Sul, Unmiss.
Objetivos
Os conflitos eclodiram na capital Juba em julho, colocando a nação de volta numa crise humanitária e política. Os confrontos entre forças leais ao presidente Salva Kiir e ao antigo primeiro vice-presidente Riek Machar deixaram várias pessoas mortas.
Ao desembarcar no aeroporto de Juba, a embaixadora dos Estados Unidos junto à ONU, Samantha Power, explicou a visita do Conselho.
A embaixadora norte-americana lamentou que a viagem não seja motivo de celebração, uma vez que os conflitos pioraram a segurança no país e agravaram uma crise humanitária que já era arrasadora.
Estupros e Fome
Dados da ONU revelam que 10 mil sul-sudaneses fugiram para Uganda e 4,8 milhões estão a sofrer de forma severa com a insegurança alimentar. A violência sexual é outro problema. Em julho, foram documentados mais de 200 casos de violações sexuais, incluindo estupros coletivos.
A morte de civis e as violações sexuais chocaram o Conselho de Segurança. Na avaliação da embaixadora Samantha Power, o governo do Sudão do Sul tem falhado na cooperação com a ONU.
Segundo ela, a comunidade internacional está muito decepcionada e tem sido difícil ter acesso humanitário para alimentar as pessoas. O Conselho de Segurança acredita que a implementação de fato do acordo de paz é a melhor solução para evitar mais desestabilização no país.
Fonte: Rádio das Nações Unidas
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