terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Família de jovem espancado em festa de pré-carnaval procura os agressores

Pai é policial militar e pede ajuda da população para identificar os criminosos


Rapaz fraturou o nariz e teve várias escoriações pelo corpo após ser agredido por um grupo de nove pessoasReprodução / TV Record Brasília
A família de um jovem de 18 anos espancado durante o fim de semana pede ajuda para identificar e prender os criminosos. A vítima tinha feito uma prova de vestibular e na volta para casa decidiu passar em uma festa de pré-carnaval na 105 sul, área central de Brasília, quando foi abordado por um grupo de nove pessoas.

As imagens foram publicadas na internet e mostram o rapaz, acuado, recebendo socos e chutes. No chão, a vítima pede calma, diz não saber o que está acontecendo, tenta se levantar e é impedido pelos agressores.

O pai do rapaz, Antônio Xavier, é policial militar e disse que o caso é uma "barbárie". O espancamento aconteceu no fim da tarde deste domingo (16). O jovem era apenas uma entre milhares de pessoas que estavam no local.
Segundo familiares, o jovem de apenas 18 anos, já se despedia dos amigos quando tudo aconteceu.

— Como pai é óbvio que no primeiro momento pensei em vingança. Não há a menor possibilidade de ser diferente. Agora, eu sou um policial e sei que não posso fazer justiça com as minhas próprias mãos. Por isso espero e confio na minha instituição, sei que tudo isso vai ser apurado, essas pessoas identificadas e levadas à Justiça.

A irmã da vítima, Joyce Xavier, disse que ainda não entendeu os motivos das agressões.

— Ele fala que não lembra o que aconteceu, nem sabe o porquê aconteceu. A única coisa que ele fala é o que o amigo dele afirma, que ele estava fazendo xixi na árvore.

Para o pai do rapaz, um crime bárbaro. A suspeita dele é que os agressores tenham confundido o filho com um criminoso. Entre os familiares, é um jovem tranquilo, não bebe nem fuma.

— Meu filho nunca se envolveu em confusão, nem mesmo na escola. É absolutamente tranquilo, inclusive esses amigos são pessoas do ensino médio e da igreja. São meninos de família, pessoas de bem e que nunca se envolveram com a polícia. Não tem justificativa para isso.

Quem estava no local garante que foram agentes do DER-DF (Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal) que apartaram a confusão. Para o pai do rapaz, se não fosse isso talvez a história tivesse um final ainda mais trágico.

— Se não fossem os agentes teria sido um massacre. Se eles não interviessem no sentido de evitar que as agressões continuassem, certamente estaríamos numa situação bem mais complicada agora.

O rapaz teve escoriações por todo o corpo e o nariz fraturado. Policiais da 1ª DP (Asa Sul) investigam um caso. A suspeita da família, apesar de não se ter nada oficial ainda, é de que os responsáveis pelas agressões, segundo informações que circulam nas redes sociais, seriam de uma torcida organizada.

Por enquanto, ninguém foi identificado, mas o que a família espera é que os responsáveis paguem pelo o que fizeram.

— Realmente é uma coisa muito complicada e por isso contamos com a participação da imprensa, das pessoas e dos movimentos nas redes sociais.
FONTE: R7 DF

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