Ucranianos carregam tochas em marcha por líder nacionalista
Homenagem foi pelos 105 anos do nascimento de Stepan Bandeira.
Mais de 15 mil pessoas se reuniram na capial Kiev e 1 mil em Lviv.
Homem carrega tocha em homenagem aos 105
anos de Stepan Bandera na Ucrânia
(Foto: YURIY DYACHYSHYN/AFP)
anos de Stepan Bandera na Ucrânia
(Foto: YURIY DYACHYSHYN/AFP)
Cerca de 15 mil pessoas marcharam carregando tochas na noite desta quarta-feira (1º) em Kiev, capital da Ucrânia, em homenagem aos 105 anos do líder do movimento de liberação do país Stepan Bandera. A marcha ocorreu em outras cidades do país, como em Lviv, onde mais de 1 mil pessoas se reuniram.
Bandera, que morreu há 55 anos, foi líder da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN na silha em ucraniano) nas décadas de 1930 e 1940 e continua sendo uma figura importante do país. Ele foi assassinado pela KGB em 1959.
No oeste da Ucrânia ele é considerado um herói da libertação, mas o fato de ter ajudado o exército alemão na Segunda Guerra Mundial não o torna um ícone adorado por todos. No leste do país ele é considerado um traidor.
No oeste da Ucrânia ele é considerado um herói da libertação, mas o fato de ter ajudado o exército alemão na Segunda Guerra Mundial não o torna um ícone adorado por todos. No leste do país ele é considerado um traidor.
Durante a marcha, nacionalistas gritavam palavras de ordem como "Ucrânia acima de tudo" e "Bandera, venha e traga ordem".
A marcha não tem ligação com a série de protestos que aconteceram recentemente na Ucrânia. O país vive uma onda de manifestações depois que o governo desistiu de assinar, em 21 de novembro, um acordo de livre-comércio e associação política com a União Europeia, alegando que decidiu buscar relações comerciais mais próximas com a Rússia.
Dias depois, o próprio primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, admitiu que Moscou pediu para que a assinatura do acordo fosse adiada. A interferência dos russos, que teriam ameaçado cortar o fornecimento de gás e tomar medidas protecionistas contra acesso dos produtos ucranianos ao seu mercado, foi criticada pelo bloco europeu.
Dias depois, o próprio primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, admitiu que Moscou pediu para que a assinatura do acordo fosse adiada. A interferência dos russos, que teriam ameaçado cortar o fornecimento de gás e tomar medidas protecionistas contra acesso dos produtos ucranianos ao seu mercado, foi criticada pelo bloco europeu.
No domingo (29), cerca de 50 mil opositores pró-europeus se reuniramno centro de Kiev para uma grande manifestaçãoe protesto contra a agressão de uma jornalista. A recente agressão de Tetiana Tchornovol, de 34 anos, uma jornalista conhecida por suas investigações sobre corrupção, reforçou o movimento de protesto.
Foi o sexto domingo consecutivo que os opositores convocam uma manifestação após a renúncia do poder ucraniano de se aproximar da União Europeia em benefício da Rússia.
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