quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Pais que tiveram filhos mortos por menores de 18 anos sofrem com impunidadeEles se revoltam com a atual legislação, que prevê no máximo três anos de internação em caso de homicídio


'Nada vai trazer o meu filho de volta. Já não é nada fácil conviver com a ausência de quem a gente ama. Agora, você saber que o responsável por essa dor está livre, debochando da nossa agora, é mais doído ainda.' José Alexandre Pereira, 54 anos, que teve o filho morto por um garoto de 16 anos (Bruno Peres/CB/D.A Press)
"Nada vai trazer o meu filho de volta. Já não é nada fácil conviver com a ausência de quem a gente ama. Agora, você saber que o responsável por essa dor está livre, debochando da nossa agora, é mais doído ainda." José Alexandre Pereira, 54 anos, que teve o filho morto por um garoto de 16 anos

Maria de Jesus Meireles anda pelas ruas e teme o dia em que cruzará com o responsável por destruir a sua família. A cabeleireira de 41 anos é mãe do jovem Andrew Victor Meireles, 18, assassinado de forma brutal em abril do ano passado. Por causa de uma disputa envolvendo uma menina, a vítima foi levada para uma chácara, torturada e morta com disparos na cabeça. Um dos responsáveis por matar Andrew é um adolescente, à época, com 16 anos.

O jovem está internado no Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje), mas Maria de Jesus sabe que, no máximo em um ano e meio, ele estará de volta às ruas. “É uma dor que não passa. Não desejo nem para a mãe desse infeliz. O pior é que ele vai sair e levar uma vida normal. Eu vou conviver com esse pesadelo de não ter o meu filho para o resto da vida”, disse a cabeleireira. Nesta reportagem da série Jovens sem lei, o Correio mostra a dificuldade dos pais em superar o assassinato de filhos por adolescentes. Ontem, o jornal informou que quase 30% dos homicídios praticados no Distrito Federal são cometidos por menores de 18 anos.

FONTE: CORREIO  BRAZILIENSE

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