terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Envolvidos em organização criminosa em presídio do Entorno são presos

Entre os detidos estão policiais militares e agentes prisionais


Investigação começou pela 4ª Promotoria de Planaltina de GoiásDivulgação
O MP (Ministério Público) de Goiás realizou na manhã desta terça-feira (17) a Operação Beccaria, que teve como o objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava dentro e fora do presídio de Planaltina de Goiás, região do Entorno do DF, envolvendo detentos, agentes prisionais, vigilantes temporários e policiais militares.   
Foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária (de ex-vigilantes temporários e de policial militar que trabalhavam no presídio, além de um detento), dez de busca e apreensão e três notificações. No presídio, entre os objetos apreendidos estão celulares, droga e arma branca. Dos cinco detidos, dois foram transferidos para Goiânia e os demais ficaram recolhidos na cadeia de Planaltina.  
As investigações sobre o esquema criminoso tiveram início em 2011, com a instauração de procedimento investigatório pela 4ª Promotoria de Planaltina. Entre os crimes cometidos pela quadrilha estão tráfico de drogas, corrupção passiva, concussão, comércio ilegal de armas de fogo, falsidade ideológica e facilitação de entrada de aparelho celular em presídio.  
Servidores do presídio de Planaltina são suspeitos de permitir a entrada de objetos proibidos e ilícitos dentro da unidade prisional, tais como drogas, bebidas alcoólicas, aparelhos celulares e outros. Há informações ainda de que alguns deles recebiam dinheiro de presos do regime semiaberto para permitir que não pernoitassem na unidade prisional e assinassem a ficha de frequência como se tivessem, de fato, comparecido ao local.  
A operação recebeu o nome de Beccaria em referência ao jurista italiano Cesare Beccaria, autor da obra Dos Delitos e das Penas, que fala do cumprimento de penas e do sistema prisional. A expectativa do MP é que a denúncia criminal seja oferecida até o fim da semana.  
A ação contou com o apoio da Polícia Civil do Distrito Federal e de Goiás, da Corregedoria da Polícia Militar de Goiás, da Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça, além de policiais militares. Pelo MP, participam da operação cinco promotores de Justiça e servidores do Centro de Segurança Institucional e Inteligência.
FONTE: R7 DF

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