Calçadão inspirado em Copacabana dará lugar a asfalto no GuaráEm fevereiro, o calçadão de pedras portuguesas será substituído. Sem manutenção adequada, o espaço de lazer na região administrativa virou alvo de reclamações por conta dos buracos. Mas a comunidade está dividida
O charmoso calçadão de pedras portuguesas que circunda o Guará 2 está com os dias contados. Inspirada em Copacabana, a pista de 8,5 km foi inaugurada em 1986 como um espaço de lazer para moradores da região administrativa. Vinte e sete anos depois, o local que antes era citado com orgulho pelos frequentadores tornou-se alvo de constantes reclamações. Sem manutenção adequada, oferece riscos a quem o frequenta. Há paralelepípedos soltos, buracos e desníveis. Em audiência pública com a comunidade, a Administração do Guará decidiu substituir as pedras portuguesas por massa asfáltica. A medida divide a opinião dos moradores. Há quem lamente o fim de um dos símbolos da comunidade. Outros comemoram o fim dos tropeços na pista de caminhada.
A obra começará em fevereiro do próximo ano. A nova pista de caminhada, orçada em pouco mais de R$ 1 milhão, já foi licitada. De acordo com a administração do Guará, a decisão foi tomada pela maioria dos moradores presentes em uma audiência pública realizada este ano para discutir o assunto. Após mais de duas horas de debate, a votação foi favorável à mudança. As pedras portuguesas serão aproveitadas em praças e em outros espaços públicos da cidade.
Segundo o diretor de Obras da Administração do Guará, Rubens Mendes, a resolução não foi pautada pelos custos da obra, e sim pela demanda da sociedade. “A manutenção das pedras portuguesas é mais cara, claro. Uma obra para refazer o calçadão seria mais onerosa e demorada. Mas não é por isso que ela será substituída. A demanda para retirar as pedras é antiga e surgiu da sociedade. Fizemos questão de chamar representantes para debater o assunto. E eles decidiram que o melhor era retirar”, explicou.
A diferença de opiniões, no entanto, ainda provoca discussões sobre a mudança. Moradora do Guará desde criança, a professora Giseli Cândida, 27 anos, lamenta que a filha Fernanda, 7, não vivencie o calçadão de pedras. “Faz parte da cidade. É o charme daqui. Eu cresci frequentando o calçadão com a família. Mas, realmente, depois de tantos anos sem manutenção, sem cuidado, transformou-se em um perigo. Em alguns pontos, nem existe mais. As pedras foram se soltando, e a calçada sumiu. Infelizmente, por falta de cuidado no passado, ficaremos sem no futuro”, lamentou. O rapper e escritor Gog, morador do Guará há 40 anos, frequenta diariamente o calçadão e concorda com a mudança. “É melhor. As pedras portuguesas estão soltas e machucam. Não me apego ao fator histórico, prefiro que elas não firam ninguém”, disse.
FONTE: CORREIO BARZILIENSE
Próximo à QE 15 do Guará 2, a ciclovia já encobriu parte do calçadão: problemas se sucedem ao longo dos 8,5km de pista, que foi inaugurada em 1986, mas carece de manutenção |
Segundo o diretor de Obras da Administração do Guará, Rubens Mendes, a resolução não foi pautada pelos custos da obra, e sim pela demanda da sociedade. “A manutenção das pedras portuguesas é mais cara, claro. Uma obra para refazer o calçadão seria mais onerosa e demorada. Mas não é por isso que ela será substituída. A demanda para retirar as pedras é antiga e surgiu da sociedade. Fizemos questão de chamar representantes para debater o assunto. E eles decidiram que o melhor era retirar”, explicou.
A diferença de opiniões, no entanto, ainda provoca discussões sobre a mudança. Moradora do Guará desde criança, a professora Giseli Cândida, 27 anos, lamenta que a filha Fernanda, 7, não vivencie o calçadão de pedras. “Faz parte da cidade. É o charme daqui. Eu cresci frequentando o calçadão com a família. Mas, realmente, depois de tantos anos sem manutenção, sem cuidado, transformou-se em um perigo. Em alguns pontos, nem existe mais. As pedras foram se soltando, e a calçada sumiu. Infelizmente, por falta de cuidado no passado, ficaremos sem no futuro”, lamentou. O rapper e escritor Gog, morador do Guará há 40 anos, frequenta diariamente o calçadão e concorda com a mudança. “É melhor. As pedras portuguesas estão soltas e machucam. Não me apego ao fator histórico, prefiro que elas não firam ninguém”, disse.
FONTE: CORREIO BARZILIENSE
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