PT-DF APOIA OS PRESOS POLÍTICOS

No ultimo sábado (17), militantes do PT-DF fizeram plantão na porta do edifício sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, para prestar solidariedade aos companheiros e “PRESOS POLÍTICOS” Zé Dirceu, Genuíno e Delúbio Soares. Além da indignação pelas prisões, os militantes amargaram com a frustração de não conseguir ter acesso aos companheiros. Na última hora, a PF decidiu levá-los para Papuda.
Os primeiros militantes chegaram à sede da PF bem cedo, por volta do 12h. Estavam presente o Dep. Federal e presidente do PT-DF Roberto Policarpo, o ex- presidente do PT-DF Wilmar Lacerda, presidentes das zonais zonais, a juventude do PT, professores, sindicalistas, enfim, ocorreu uma surpreendente mobilização.
Às 18h a organização já contabilizava cerca de 200 pessoas, além, das equipes da mídia como TV Globo, jornal Folha de S. Paulo e outros que dominavam o local para não perder nenhum furo, nenhuma imagem do qual ansiavam há oito anos. A mídia passou o dia inteiro sob o sol Passaram o dia inteiro no descampado, sob um sol escaldante. No final da tarde, somavam cerca de 160 pessoas, conforme cálculo da Polícia Militar (PM), e 200, conforme os organizadores. A imprensa, porém, acordou de estimá-los em 100.
A Mídia passou o dia inteiro sob sol escaldante, para repercutir o “grande espetáculo”, muitos deles ouviram broncas e as equipes televisivas não conseguiam gravar suas participações ao vivo. Cada vez que uma câmara era ligada, os militantes se postavam atrás deles com cartazes criticando a sonegação da Globo e gritando palavras de ordem do tipo “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”. A Globo News suspendeu todas as entradas ao vivo do local. Os militantes se justificavam, em uma espécie de catarse coletiva: “vocês monopolizaram o discurso sobre o mensalão durante esses oito anos: agora, é nossa vez de falar”.
A composição da Juventude esteve presente em todos os momentos, compareceu o coordenador de Juventude do PT, Carlos Odas; Ademário, do PT Gama e Wesley, médico formado em Cuba. Eles animaram a militância num carro de som que percorreu várias locais como a Cidade Estrutural, vários militantes que estavam apostos expressaram suas indignações contra o julgamento.
O escritor e secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira, lembrou, muito emocionado, quando recebeu Genoíno, com 41 graus de febre, saindo de uma célula de tortura, na cela da prisão de um espaço físico como aquele da PF. “É um homem digno, que lutou pelo povo brasileiro e que não se dobra, assim como não se dobra José Dirceu. A existência do PT, aos olhos da elite, é por si só um crime”, afirmou. Para o militante histórico, o julgamento do mensalão pode ser definido como uma infâmia movida pelo poder que não tem que prestar contas ao povo.
Todas as disputas democráticas nós vencemos. Mas na Justiça não há disputas: é um poder paralítico que serve de refúgio para a elite que nós derrotamos nos espaços democráticos”, avaliou.”
Membro da executiva nacional do MST, João Paulo Rodrigues foi prestar a solidariedade do movimento aos petistas. “Nesses 30 anos de MST, sofremos na pele o que é esse judiciário, o que é essa PM e o que é essa mídia. Esse julgamento foi um absurdo: não deu direito à defesa e criminalizou os acusados com base em editoriais dos jornais”, afirmou”.
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