quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Posto de saúde está fechado há três meses por falta de água

Abastecimento no local era feito por um caminhão pipa carregado com água potável


Portões do posto estão fechado e cartaz confirma suspensão dos serviços, por tempo indeterminado, por falta de águaReprodução / TV Record Brasília
O atendimento no único posto de saúde do Morro da Cruz, área rural de São Sebastião (DF), está suspenso há três meses por falta de água. O abastecimento no local era feito por um caminhão pipa carregado com água potável, mas o serviço está temporariamente suspenso.  
A unidade de saúde funcionava com apenas um médico e há três meses os moradores da região não conseguem marcar nenhum tipo de consulta. Uma paciente disse que a alegação dos servidores é a ausência de água, o que impossibilita o atendimento.   
Por conta da falta de água, nem os medicamentos podem ser entregues. A dona de casa Fátima Guedes está grávida de três meses e disse que é impossível fazer o exame pré-natal no posto.   
— Queria fazer aqui, que é do lado da minha casa, cheguei e recebi um não porque não tem condição de atendimento. O governo tem que tomar providências, não pode ficar assim.   
No portão do posto, que está trancado, há um cartaz dizendo que o local está fechado por tempo indeterminado, justamente por falta de água. Os funcionários também afirmam que os pacientes que tentarem marcar alguma consulta só conseguirão horário a partir de janeiro do ano que vem.  
A cozinheira Clelia Vieira Cruz disse estar revoltada com a situação.   
— Se a gente vai no posto do centro da cidade eles dizem que aqui tem um posto só para atender a gente e não nos recebem. Chegamos aqui, não tem atendimento e eles empurram para o centro. Voltando lá, eles exigem um documento emitido pelo outro posto explicando porque não podem atender e a gente fica nessa.  
Apesar de os problemas atingirem diretamente o posto, a população garante que a questão é generalizada. A monitora escolar Valéria de Cássia disse que a falta de água está presente em todo o bairro.   
— A gente tem que esperar água cair do céu. Quando não chove, a gente junta com os vizinhos e aluga um caminhão pipa.   
A reportagem da TV Record Brasília esteve na casa da estudante Samira Cristina para mostrar a situação. Das torneiras não sai nenhuma gota d´água, mas mesmo assim a Caesb (Companhia de Saneamento Básico do DF) envia faturas para pagamento.  
— Moro aqui há quatro anos e nunca vem água normal. Eles mandam a cobrança e quando a gente não paga ainda ameaçam cortar o fornecimento. Cortar o quê? O vento?  
A Caesb informou que o abastecimento da região é prejudicado pelo excesso de invasões e ligações clandestinas e confirmou que o posto de saúde era abestecido com um caminhão pipa com água potável, mas o serviço foi suspenso por conta de ações dos moradores que usavam, inclusive, de força física para impedir o trânsito do veículo. Com isso, a companhia só podera retomar este serviço quando houver garantia de segurança para os empregados.  
A Secretaria de Saúde do DF garantiu que a população não deixa de receber atendimento e que podem procurar qualquer posto de saúde, inclusive o do centro da cidade, para que os médicos da equipe de estratégia familiar façam os tratamentos.

FONTE: R7 DF

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