Ponte Preta segura São Paulo e faz primeira final internacional da história
São Paulo esbarrou na forte marcação da Ponte Preta
São Paulo esbarrou na forte marcação da Ponte Preta
A Ponte Preta disputará a primeira final de competição internacional de sua história. Na noite desta quarta-feira, a equipe de Campinas empatou com São Paulo, por 1 a 1, no Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira, em Mogi Mirim, e, com 4-2 no placar agregado, avançou às finais de Copa Sul-Americana. Leonardo marcou para o clube alvinegro, e Luís Fabiano fez para o time tricolor.
Gazeta Press
O técnico Muricy Ramalho com semblante desanimado ao final da partida
A classificação para a final do torneio internacional é totalmente diferente do momento que o time do técnico Jorginho vive no Campeonato Brasileiro, em que depende de duas vitórias e uma combinação de resultados para não ser rebaixado à segunda divisão nacional.
Garantida na decisão, a Ponte Preta aguarda o vencedor de Lanús e Libertad. No primeiro confronto, o time argentino venceu por 2 a 1, fora de casa, e decide nesta quinta-feira, no Estádio Ciudad de Lanús, em Buenos Aires. O primeiro confronto da final está marcado para quarta-feira que vem, dia 4 de dezembro.
Além disso, o clube de Campinas tem a missão de não quebrar a sequência de 15 anos com, pelo menos, um clube paulista na Copa Libertadores, já que os demais times já não possuem chances matematicamente no Brasileiro. O Estado de São Paulo não fica sem um representante no maior torneio do continente sul-americano desde 1998.
O jogo
A primeira etapa foi equilibrada. O São Paulo teve mais posse de bola, se posicionou no campo de ataque, tomou a iniciativa e tentou criar oportunidades para abrir o marcador. A Ponte Preta, com a vantagem no placar agregado, se defendeu bem e buscava sair rápido nos contra-ataques.
A primeira chance do jogo foi para o clube tricolor, logo aos três minutos. Da intermediária, Rogério Ceni cobrou falta, mas a bola bateu na barreira. No rebote, Maicon arriscou e mandou por cima da meta de Roberto.
A resposta da Ponte veio aos 10. O volante Fellipe Bastos levantou a bola na área e Artur, livre de marcação, cabeceou firme, obrigando Rogério Ceni a fazer boa defesa.
Cinco minutos depois, quase o time do Morumbi abre o placar. Ademílson fez boa jogada individual, passou por Baraka e, na entrada da área, chutou rasteiro. A bola saiu à direita do gol de Roberto.
O técnico Muricy Ramalho foi obrigado a fazer a primeira mudança na equipe aos 23 minutos. Denílson, com problemas estomacais, cedeu lugar para o também volante Wellington.
Um minuto depois, o São Paulo levou perigo mais uma vez. Maicon cruzou, Douglas subiu bem de cabeça, mas a bola foi para fora, do lado direito do gol da Ponte Preta.
O time tricolor era melhor na partida. Com os 11 jogadores no setor ofensivo, o atual campeão ameaçou uma pressão em cima da equipe de Campinas. Aos 31, Reinaldo tabelou com Ademílson e chegou à linha de fundo. O lateral cruzou, mas antes da bola chegar em Aloísio, Roberto apareceu para desviar e afastar o perigo.
O duelo se manteve da mesma forma. O São Paulo tinha a posse de bola, mas não
conseguia ser objetivo. Já a Ponte soube aproveitar a única oportunidade real de gol aos 42 minutos. Rildo cruzou para o meio da área, Rodrigo Caio tirou, mas a bola caiu nos pés de Leonardo. O atacante finalizou e a bola de novo bateu em Rodrigo Caio. Porém, no novo rebote, o atleta mandou para o fundo da rede.
As duas equipes voltaram para a segunda etapa sem nenhuma alteração. Mesmo precisando do resultado, Muricy Ramalho optou por deixar o atacante Luís Fabiano no banco de reservas.
Uma das sensações do São Paulo na temporada, Aloísio, que fez um primeiro tempo apagado, recebeu na entrada da área, girou em cima do defensor e chutou cruzado, mas a bola saiu à direita do gol de Roberto.
Assim como nos 45 minutos iniciais, o atual campeão da Sul-Americana tinha mais volume de jogo, com todos os jogadores no campo de ataque, mas esbarrava no eficiente sistema defensivo da Ponte e ainda contava com a falta de inspiração de Paulo Henrique Ganso, facilmente anulado pelo adversário.
Em busca de mais ofensividade, Muricy Ramalho fez duas substituições aos 16: tirou o lateral Paulo Miranda e, enfim, colocou Luís Fabiano. O comandante também sacou Ademílson e pôs Welliton, deixando o São Paulo com três atacantes.
Aos 21, Wellington fez boa jogada individual, passou por dois defensores e, na entrada da área, chutou de pé esquerdo, mas pegou mal na bola, que saiu por cima do gol ponte-pretano.
O São Paulo não conseguia furar o bloqueio armado pelo técnico Jorginho. Aos 35, Welliton arriscou de fora da área e obrigou Roberto a fazer boa defesa.
A equipe do Morumbi marcou o gol de honra aos 38 minutos. Reinaldo chutou, o zagueiro Diego Sacoman tentou tirar, mas errou. A bola sobrou para Luís Fabiano completar de cabeça e empatar o duelo.
Contudo, a reação do clube tricolor começou muito tarde e não mudou muito os panoramas da partida. A Ponte continuou com a forte marcação e esperou o árbitro equatoriano Carlos Vera apitar o final do jogo.
FONTE: MSN
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