Motores menores e mais eficientes já fazem parte da realidade brasileira | |
Propulsores de cilindrada reduzida entregam mais potência e oferecem consumo menor | |
Brasília, 19 de novembro de 2013 – Logo após a recessão econômica de 2008, que fez com que o preço do petróleo disparasse, criou-se uma nova tendência para a motorização dos veículos: o downsizing. Ele consiste na fabricação de motores de menor litragem – ou capacidade cúbica – que consigam entregar potências semelhantes ou superiores aos propulsores maiores. Com isso, são reduzidos os custos de produção, manutenção e de consumo de combustível dos veículos. Estes motores trazem o que há de mais tecnológico no mercado, com o uso de tecnologias como o turbocompressor, injeção direta de combustível, sistema start-stop – que desliga o veículo automaticamente quando o motorista está parado e liga o motor quando o acelerador é ativado –, comando de válvulas variáveis e outros itens. Para Ildeumar Fernandes, diretor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Distrito Federal (SINCODIV/DF), a tendência, que é forte na Europa, vai ganhando espaço no Brasil. “Com esta tecnologia, um motor 1.4, alimentado com turbo, passa a ter desempenho idêntico ou melhor do que um propulsor 2.0”, explica Fernandes. No continente europeu, o downsizing está mais ligado à adequação de emissões de veículos. No Brasil, ainda é algo novo, mas tende a se afirmar e ganhar o mercado. Dependendo do propulsor, pode haver um ganho de 8 a 20% de torque e melhora no consumo de 10%. Outro benefício é que com motores menores, sobra mais espaço no cofre dos motores, permitindo mais facilidade na hora da manutenção. “A distribuição de peso também melhora, já que os veículos tendem a ter a parte dianteira mais pesada por causa do propulsor. Isso influencia diretamente na estabilidade dos carros”, afirma o diretor. “Enquanto um compacto no Brasil chega a usar motores de até 1.6 litro de quatro cilindros, no velho continente eles usam motores de 1.0 litro, três cilindros, e chegam a fazer mais de 20 km/l, com desempenho semelhante”, acrescenta. Para o consumidor, não deve haver apenas a melhora na autonomia dos veículos, mas também, no preço final. Com motores menores, há uso de menor quantidade e de componentes menores, o que barateia a produção e pode refletir nas vendas. |
terça-feira, 19 de novembro de 2013
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