segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Hospital de Base oferece reimplante a pacientes amputados

Agilidade e conservação dos membros são fatores essenciais no atendimento


Por mês, em média, três a quatro pacientes que sofreram amputações totais ou parciais de membros são atendidos pelas equipes de reimplantes do Hospital de BaseEduardo Enamoto / R7
As cirurgias de reimplantes e reconstrução de membros superiores (mãos, dedos, braços e antebraços) e inferiores (pernas, coxas, joelhos, pés) estão entre os serviços oferecidos pela Secretaria de Saúde do DF. O tipo de operação, realizada no Hospital de Base, está em fase de estruturação para ser ampliada em 2014.  
O último procedimento - realizado pelas equipes médicas da Neurocirurgia, Cirurgia Vascular, Cirurgia Plástica e Cirurgia de Mão - foi de uma paciente que teve suas mãos cortadas e, com isso, artérias, veias, ossos rompidos tiveram que passar por minuciosa cirurgia para reconstrução. Para a paciente que não foi identificada, foi um milagre.  
— Nem acreditei quando os médicos falaram que implantariam minhas mãos. Achei que nunca mais ia pegar meus filhos no colo. Minha maior alegria é saber que isso será possível.  
Segundo a equipe, a agilidade no atendimento e a conservação dos membros garantiu o sucesso das cirurgias da paciente, que foi encaminhada ao Hospital do Paranoá por helicóptero e seguiu para o Hospital de Base, na área central de Brasília. Se o caso tivesse ocorrido há alguns anos, os membros teriam sido descartados segundo o diretor do Hospital de Base, Julival Ribeiro.  
— Antigamente, as mãos dessa paciente seriam inutilizadas. Hoje temos especialistas e podemos oferecer o serviço para as pessoas, o que é também uma exigência do Ministério da Saúde.  
Por mês, em média, três a quatro pacientes que sofreram amputações totais ou parciais de membros são atendidos pelas equipes de reimplantes do Hospital de Base. Segundo o diretor, a maioria dos casos de perda de membros está relacionada aos acidentes nas construções civis.   
O ortopedista e cirurgião de mão Paulo Sergio Queiroz informou que, nesse ano, ocorreram dois casos mais graves em que os pacientes perderam todo o membro (as mãos) e o reimplante foi realizado com sucesso. Segundo ele, nos casos de reimplantes de membros são necessárias, em alguns casos, várias etapas cirúrgicas para religar os vasos, artérias, veias, nervos, tendões e ligamentos, o que pode levar meses de tratamentos.  
Além disso, depois de todas as etapas cirúrgicas, o paciente deve realizar a fisioterapia como processo de reabilitação da função do membro, o qual tem de 70% a 80% da função resgatada. O serviço psicológico também é importante, pois a maioria dos casos o paciente sofre de transtornos pós-traumáticos que acarretam perturbações emocionais.

FONTE: R7 DF

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