terça-feira, 12 de novembro de 2013

Governo cria grupo para convencer moradores de rua a deixarem  a Rodoviária do Plano Piloto

Em dois meses, 221 pessoas foram abordadas e 53 encaminhadas a unidades de acolhimento


A equipe conta sempre com um agente facilitador, que geralmente tem trajetória de rua para promover a interação com o abordadoDivulgação/ GDF
Em setembro e outubro deste ano, 221 pessoas em situação de rua foram abordadas na Rodoviária do Plano Piloto e 53 delas encaminhadas a unidades de acolhimento do Distrito Federal, pelo Serviço Especializado de Abordagem Social Cidade Acolhedora do GDF.
 A equipe que atua na Rodoviária conta sempre com um agente facilitador, que geralmente tem trajetória de rua para promover a interação com o abordado.   
A abordagem é feita das 10h às 22h, em dias alternados, como uma das ações do CGI (Comitê de Gestão Integrada) da Rodoviária, composto por 14 órgãos do governo.  
Segundo Felipe Areda, é preciso agir com precaução durante a abordagem para que as pessoas que vivem na Rodoviária confiem nos agentes e entendam a importância de voltar ao convívio com a família e com a sociedade.  
A abordagem é feita a longo prazo, tendo em vista que dificilmente há convencimento de retirada no primeiro encontro. Foi o caso do engraxate Paulo* (nome fictício), abordado há cerca de um mês pela equipe da Sedest (Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda).  
No primeiro contato ele não quis deixar o local, mas depois procurou os agentes para aceitar o acolhimento ofertado pelo governo.  
— Ele está cansado e disse que agora prefere ir para um abrigo explicou um dos agentes da equipe.   Os servidores trabalham na sensibilização dos moradores de rua e fazem um levantamento do histórico de cada um para entender os motivos que os levaram a permanecer no terminal. A partir do primeiro contato, eles fazem um trabalho de convencimento.  
Os adultos que aceitam deixar a Rodoviária são encaminhados a abrigos distribuídos pelo DF. Em outubro, a rede de acolhimento de maiores de idade foi ampliada: são 200 novas vagas em abrigos no Gama, em Taguatinga e em Sobradinho.  
Os novos lugares estão disponíveis em duas casas voltadas para atendimento de homens adultos solteiros, um para homens idosos, um para mulheres com e sem filhos e um para migrantes.  
Os casos que envolvem crianças e adolescentes são encaminhados ao Conselho Tutelar Brasília Sul, que atende as demandas da região. As situações são averiguadas e encaminhadas aos órgãos responsáveis. Ao todo, existem 33 Conselhos Tutelares distribuídos pelo DF. 
FONTE: R7 DF

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