Centro de Progressão Penitenciária realiza quase 13 mil atendimentos
Grupo da Saúde Prisional é composto por 12 profissionais
A equipe multidisciplinar da Secretaria de Saúde, que atua no CPP (Centro de Progressão Penitenciária), no Sia (Setor de Indústria e Abastecimento), já realizou 12.973 atendimentos este ano.
O CPP, cuja capacidade atual é de 1.100 presos, recebe sentenciados que já tenham efetivamente implementado os benefícios legais de trabalho externo e de saídas temporárias. Os cuidados com a saúde dessa população são resultado de parceria entre a Gerência de Saúde Prisional e a regional de saúde do Guará (DF).
O grupo de atendimento de Saúde Prisional é composto por 12 profissionais lotados no Centro de Saúde nº 01 do Guará. A equipe possui médico, cirurgião dentista, psicólogo, assistente social, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, técnico em higiene dental e auxiliar de consultório. Eles também oferecem serviços de matriciamento em infectologia e psiquiatria.
As ações são voltadas para a prevenção, promoção e tratamento de agravos em saúde, primando pela atenção integral em saúde bucal, saúde da mulher, doenças sexualmente transmissíveis, AIDS e hepatites virais, saúde mental, controle da tuberculose, hipertensão e diabetes, hanseníase e outras dermatoses, assistência farmacêutica básica, imunizações e coletas de exames laboratoriais.
Larissa Feitosa, gerente de Saúde Prisional, trabalha na área desde 2003 e destaca que o Distrito Federal foi a primeira unidade federativa a realizar a contratação de assistência à Saúde no sistema penitenciário.
— Isso proporcionou a organização das nossas equipes destinadas apenas para esse trabalho. Com isso, você consegue ver o comprometimento dos profissionais, que é percebido pelos presos também.
Sobre o atendimento prestado, Larissa já recebeu vários elogios e agradecimento das famílias e dos próprios detentos.
— Os profissionais estão lá sem julgamento algum para cuidar e garantir o direito à saúde. Ouvi de um preso que ali no consultório é onde ele se sente ainda como pessoa e que a equipe da saúde faz ele se sentir humano. Para ele, o retorno é a possibilidade de reintegrar a sociedade.
Toda semana, quando chegam presos, é realizado um acolhimento sobre educação e saúde em que é feita uma triagem. No serviço de psicologia, além do atendimento individual, são realizados trabalhos em grupos sobre, por exemplo, drogas, conscientização social e reflexão sobre o tempo de pena com participação do juiz da Vara de Execução Penal. Anualmente a equipe faz uma semana de educação e saúde para alertar sobre todos os tipos de doenças.
A Saúde Prisional, criada em 2003 pelos ministérios da Saúde e da Justiça, tem como objetivo principal garantir o acesso à saúde de pessoas privadas, mesmo que parcialmente, de liberdade, ao oferecer ações e serviços de atenção básica dentro das unidades prisionais.
Em 2012, foram realizados 14.885 atendimentos. O serviço funciona na unidade das 9h às 16h.
FONTE: R7 DF
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